Alckmin: "Grupelho prejudica a população"

Governador diz que a greve do metrô será resolvida ainda hoje e que metroviários estão descumprindo ordem judicial. Tribunal do Trabalho determinou a garantia de 100% dos efetivos no pico e de 85% nos demais horários, sob pena de diária de R$ 100 mil

Alckmin: "Grupelho prejudica a população"
Alckmin: "Grupelho prejudica a população" (Foto: Almeida Rocha/Folhapress)


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247 com informações da Agência Brasil – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin condenou as motivações da greve de funcionários do Metrô e da CPTM que afetam os usuários da região metropolitana desde a meia-noite desta quarta-feira (23). Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, o governador disse que a greve é promovida por um “grupelho radical com motivação político-eleitoral, prejudicando a população”.

Alckmin ressaltou que os grevistas descumprem uma decisão da Justiça do Trabalho. Em audiência na tarde de ontem (22) o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os metroviários devem garantir 100% do efetivo nos horários de pico, compreendidos entre as 5h e as 9h e as 17h e as 20h, e 85% nos demais horários. O tribunal também proibiu os trabalhadores de liberarem as catracas. Em caso de descumprimento o sindicato está sujeito a multa diária de R$ 100 mil.

O governador garantiu que a paralisação será resolvida ainda hoje e desde as 4h30 tenta minimizar os efeitos da greve. As linhas estão sendo operadas por supervisores para substituir os funcionários em greve.

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A paralisação foi decidida em assembleia na noite de ontem (22). Foi marcada para o meio-dia de hoje (23) uma assembleia para avaliar os rumos do movimento e negociar com a Companhia do Metropolitana de São Paulo. Os trabalhadores do metrô querem a reposição da inflação calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), aumento real de 14,99% e reajuste de 23,44% para o vale-refeição.

Em audiência na tarde de ontem (22) o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os metroviários devem garantir 100% do efetivo nos horários de pico, compreendidos entre as 5h e as 9h e as 17h e as 20h, e 85% nos demais horários. O tribunal também proibiu os trabalhadores de liberarem as catracas. Em caso de descumprimento o sindicato está sujeito a multa diária de R$ 100 mil.

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Também decidiram entrar em greve os ferroviários das linhas Safira e Coral, que atendem a zona leste. Os trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil querem aumento real de 5%, além reposição da inflação de 5,83%, calculada pelo Dieese.

Hoje (23) será a vez do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo reunir sua base para decidir os rumos da campanha salarial, também com possibilidade de greve. O sindicato representa os trabalhadores das linhas Rubi e Turquesa, que ligam a capital a Jundiaí e ao ABC paulista, respectivamente. Os ferroviários rejeitaram a proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentada em audiência, na semana passada, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

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Segundo nota da própria companhia, foi oferecida correção salarial de 4,60%, além de reajuste real de 1,5%, totalizando 6,17%, extensivo a todos os benefícios. Pagamento de participação nos lucros e resultados em 2013, após apuração das metas relativas a 2012 e ampliação do valor do vale-refeição para R$ 19,50.

A CPTM, fundada em 1992, assumiu as seis linhas de trens responsáveis pelo transporte metropolitano na capital paulista. Os diferentes ramais eram operados por três empresas diferentes, por isso, a representação dos empregados é feita por sindicatos independentes.

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Por causa da declaração de greve, o rodízio municipal de veículos, que nesta quarta limitaria a circulação de carros com placas finais 5 e 6, foi suspenso, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

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