Paulo Henrique Amorim: o blogueiro que virou réu

Indenizao a ser paga a Heraldo Pereira no a primeira; suas condenaes j somam R$ 400 mil; at o ex-presidente Lula, chamado de desonesto, j o processou e seus adversrios contam com uma galeria de honra no seu site; afinal, PHA uma vtima do Judicirio ou apenas um inconsequente?

Paulo Henrique Amorim: o blogueiro que virou réu
Paulo Henrique Amorim: o blogueiro que virou réu (Foto: Divulgação)


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247 – Ansioso blogueiro, como ele próprio se define, Paulo Henrique Amorim já foi um dos mais bem-sucedidos jornalistas brasileiros. Ex-correspondente da Globo nos Estados Unidos, ele gosta de dizer que possui dois apartamentos em Nova York – e não apenas um. Depois que deixou a Globo, no entanto, e se viu acolhido na Record, do bispo Edir Macedo, Amorim passou a alimentar ódio mortal pelos antigos patrões. E mesmo alguns ex-colegas passaram a ser alvo de sua pena. Miriam Leitão, por exemplo, é chamada por ele, com frequência, de “Urubóloga”. Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globo, é outro alvo frequente.

Nos últimos anos, Amorim comprou brigas com metade da imprensa brasileira. E a condenação de ontem, num processo movido por Heraldo Pereira, que foi chamado de “negro de alma branca”, não foi a primeira. Ao todo, o blogueiro já perdeu em processos cujas indenizações, somadas, totalizam R$ 400 mil. Ainda é menos do que vale um apartamento em Nova York, mas, ainda assim, um bom dinheiro, sem contar o fato de que Amorim também responde a diversos processos de natureza criminal. Em seu site, o Conversa Afiada, há até uma galeria de honra das pessoas que o processam, incluindo Heraldo Pereira.

Afinal, quem é Paulo Henrique Amorim: um jornalista combativo vitimado pelo poder Judiciário ou um blogueiro irresponsável, que agride, sem medir as consequências das palavras e dos seus atos?

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Leia, abaixo, reportagem publicada pelo portal Consultor Jurídico sobre todas as condenações recentes sofridas por Paulo Henrique Amorim:

Paulo Henrique Amorim indeniza por ofensas racistas

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Por Márcio Chaer

O blogueiro Paulo Henrique Amorim tem duas semanas para publicar em dois jornais, Folha de S.Paulo e Correio Braziliense, um pedido de desculpas ao jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo, por ofensas racistas. A reparação já deveria ter sido publicada no blog de Amorim na segunda-feira (20/2), mas até a manhã desta quinta-feira a obrigação foi ignorada.

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Amorim aceitou fazer acordo por temer punição mais grave. Ele concordou pagar R$ 30 mil, que Heraldo Pereira decidiu doar a uma instituição de caridade; retirar do blog os textos ofensivos; remeter a retratação a todos os sites e blogs associados a Amorim; e, se a retratação nos dois jornais impressos não for publicada no prazo combinado, aceitar a punição em dobro. O acordo, assinado pelas partes e seus advogados, homologado como sentença pelo juiz, tem força de decisão definitiva. (Clique aqui para ler a ata da audiência)

Heraldo processa Amorim também no campo criminal, pelas mesmas razões. Em decisão interlocutória, o juiz Márcio Evangelista Ferreira da Silva antecipou que, na fase em que se encontra o caso, falta apenas definir se Amorim praticou um ato de racismo ou de injúria racial. (Clique aqui para ver o andamento do processo)

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Não é a primeira vez que Amorim desobedece decisão judicial. No ano passado, a desembargadora Vera Maria Van Hombeeck, do Rio de Janeiro, determinou que o blogueiro identificasse os e-mails e IPs dos comentaristas apócrifos que fazem graves ofensas a terceiros. Na ação ajuizada pelo Opportunitty, acusava-se o blogueiro de criar comentários artificiais atribuídos a falsos anônimos. Estabeleceu-se multa de R$ 10 mil por dia. Quando a multa atingiu a casa de R$ 1 milhão, a desembargadora resolveu recuar para não ver sua decisão desmoralizada.

Campeão de audiências

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Todos os processos em que Amorim está envolvido relacionam-se à disputa comercial pela Brasil Telecom. No Supremo Tribunal Federal, Amorim responde a inquérito, junto com o empresário Luís Roberto Demarco, por corrupção ativa. A investigação apura se os empresários patrocinaram a operação satiagraha. Os ex-delegados Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz são investigados por corrupção passiva, prevaricação e interceptação telefônica ilegal.

Paulo Henrique Amorim já foi condenado a pagar R$ 30 mil ao empresário Paulo Preto (também por ofensa racial); R$ 100 mil ao advogado Nélio Machado; R$ 200 mil ao banqueiro Daniel Dantas; R$ 30 mil ao jornalista Ali Kamel; R$ 20 mil ao jornalista Fausto Macedo; além de ter feito retratações públicas por ofensas feitas ao jornalista Boris Casoy e ao advogado Alberto Zacharias Toron.

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Ele está sendo processado também pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes; pelos empresários Carlos Jereissati, Naji Nahas e Sérgio Andrade; e pelo ex-governador José Serra. Alguns dos processos foram encerrados, como o que o ex-presidente Lula entrou contra a TV Bandeirantes, por Amorim tê-lo chamado de desonesto (antes de ser eleito presidente) e a ação do Ministério Público Eleitoral por adulação à então candidata Dilma Rousseff, na última campanha eleitoral.

Em seu blog, Amorim publica “alguns movimentos processuais” dos quais, afirma: “Até agora não perdi um”. E relaciona o que ele chama de “vitórias” contra os empresários Carlos Di Genio, Daniel Dantas, o ministro Gilmar Mendes e o senador Heráclito Fortes. No caso de Ali Kamel, relaciona-se decisão posteriormente revertida como vitória. Em relação ao ministro Gilmar Mendes, a referência é à ação penal sugerida ao Ministério Público Federal de São Paulo, em que a procuradora Adriana Scordamaglia considerou não existir ofensa na afirmação do blogueiro, de que Gilmar Mendes transformou o STF em um “balcão de negócios para venda de sentenças”.

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