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    Cristina Kirchner denuncia que "alguém planejou e ordenou executar" ataque ao seu gabinete

    Ataque ocorreu durante a votação na Câmara dos Deputados do acordo com o FMI

    (Foto: © REUTERS/Agustin Marcarian/Direitos Reservados)

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    ARN - A vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, publicou nesta segunda-feira um vídeo que "mostra em tempo real, de fora e de dentro" o ataque ao seu gabinete ocorrido durante a votação de quinta-feira, 10, na Câmara dos Deputados do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Ela assegurou que "alguém planejou e mandou executar" um "ataque contra o Vice-Presidente da República". "Sério", acrescentou Fernandez.

    A publicação foi acompanhada de um vídeo que mostra o que aconteceu nas imediações do Congresso das 15h às 15h25. "As imagens a seguir correspondem à câmera de segurança da Polícia Federal localizada na esqudina da Entre Ríos e Hipólito Yrigoyen, fora do Senado da Nação", detalha o arquivo.

    Nele, é mostrado como as pedradas contra a sede do Legislativo começam às 15h02 e às 15h07: “os agressores jogam bombas e tinta para indicar o objetivo: as janelas do gabinete da vice-presidência”.

    “Às 15h12, depois de desocupar o gabinete, um colaborador da Presidência do Senado entra e coloca um celular em uma mesa de centro para registrar o ataque de dentro”, acrescenta, enquanto o funcionário é visto colocando a câmera dentro do lugar.

    Continua: “Às 15h21, 20 minutos após o início do ataque, os primeiros policiais chegaram”.

    Oito suspeitos identificados

    Mais cedo, as forças de segurança informaram que oito suspeitos de causar destruição no Congresso Nacional e no gabinete da vice-presidente durante os protestos contra o acordo com o FMI foram identificados a partir das imagens feitas por câmeras locais, informou a agência Télam.

    São oito jovens que "não teriam nenhuma filiação política conhecida". A juíza federal María Eugenia Capuchetti, encarregada do caso, analisa os relatórios a respeito e a súmula para determinar os passos a seguir.

    Os suspeitos foram identificados com "software" do Ministério da Segurança que ligava seus rostos a seus dados pessoais e endereços, disseram as fontes. Por sua vez, o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, afirmou que a investigação está "muito avançada" e que está sendo feito um trabalho para "esclarecer os fatos".

    Votação

    A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta-feira, 11, o projeto de lei que respalda o acordo do governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a dívida contraída durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019). Após obter 202 votos a favor, 37 contra e 13 abstenções, a iniciativa deve seguir para tramitação no Senado.

    O texto foi apoiado por membros da oposição e o partido no poder Máximo Kirchner votou contra.

    Esta semana o Senado começará a analisar o projeto.

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