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    Haiti aguarda reforços militares e ajuda humanitária após reabertura do aeroporto de Porto Príncipe

    Haiti celebra reabertura do aeroporto de Porto Príncipe em meio a desafios de segurança

    Bandeira do Haiti (Foto: Reuters)

    247 - O governo do Haiti comemorou a reabertura do aeroporto internacional da capital, Porto Príncipe, nesta quarta-feira (11), destacando-a como um "ponto de virada" para a economia depois que o local foi fechado por um mês devido à crescente violência das gangues, informou a Reuters

    Em outro desenvolvimento promissor, um grupo de assistência médica anunciou a retomada de algumas de suas operações na capital haitiana e em seus arredores. A organização médica beneficente internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou  posteriormente a retomada parcial de suas operações em Porto Príncipe e em sua área metropolitana mais ampla, depois de também ter interrompido as atividades em novembro devido à escalada da violência. No mês passado, o grupo relatou um ataque a uma de suas ambulâncias e o subsequente assédio e ameaças da polícia local.

    Além disso, mais de 200 policiais a serem enviados ao Haiti foram colocados em prontidão para partir a qualquer momento depois que as autoridades ordenaram a reabertura do aeroporto, segundo o The Star. Eles poderiam partir a qualquer momento a partir de 14 de dezembro. O Quênia lidera um contingente de polícia estrangeira no conturbado país para ajudar a reprimir a violência dos gangues. Um número crescente de pessoas criticou a missão, observando que a polícia não assumiu o controle dos redutos das gangues nem prendeu quaisquer líderes criminosos. 

    A força apoiada pela ONU também enfrenta uma possível crise financeira. Quase 20 dos cerca de 400 policiais quenianos que servem no Haiti apresentaram cartas de demissão da missão nos últimos dois meses devido a atrasos nos pagamentos e más condições, disseram três policiais à Reuters. A informação foi negada pelas autoridades. 

    Apesar da reabertura, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira que estava estendendo as restrições de voo para aeronaves dos EUA que operam no espaço aéreo hatiano até 12 de março. A autoridade anunciou restrições inicialmente em 11 de novembro, depois que aviões operados pela JetBlue, American Airlines e Spirit Airlines foram atingidos por tiros no aeroporto de Porto Príncipe ou próximo a ele. Os incidentes levaram ao fechamento do aeroporto. 

    Uma declaração separada do governo interino do Haiti, datada de terça-feira, mas divulgada nesta quarta-feira, observou que a segurança do aeroporto foi reforçada para incluir novas patrulhas e postos de controle em torno da instalação, em coordenação com a polícia nacional, soldados, bem como a pequena força internacional liderada pelo Quênia e apoiada pelas Nações Unidas.

    "Essa decisão faz parte de uma abordagem estratégica que visa restaurar um ambiente seguro e relançar as atividades econômicas", de acordo com a declaração do governo.

    Mais de 4.500 pessoas foram mortas no Haiti até agora este ano, e outras 2.060 ficaram feridas, de acordo com a ONU.
    A violência dos gangues também deslocou cerca de 700 mil pessoas nos últimos anos, à medida que homens armados queimam e saqueiam comunidades numa tentativa de controlar mais território.

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