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Coronavirus

"Não se combate epidemia na UTI", alerta Eurico Arruda, virologista da USP

“A UTI é o fim, é quando cai o último dominó. A gente combate lá na origem, no primeiro dominó, para evitar as transmissões”, disse o especialista à TV 247, recomendando “lockdowns nos focos [da doença], com parada inclusive de viagens aéreas”. Assista

Eurico Arruda (Foto: Divulgação)
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247 - Diante do completo colapso na gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil, o médico virologista e professor de Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP Eurico Arruda falou à TV 247 sobre as principais medidas que devem ser adotadas no país neste momento.Apesar das notícias recentes darem conta da abertura de novos leitos de UTI para Covid-19 em diversos estados em razão das elevadas taxas de ocupação dos hospitais por todo o Brasil, o médico alerta: “a gente não combate pandemia na UTI. A UTI é o fim, é quando cai o último dominó. A gente combate lá na origem, no primeiro dominó, para evitar as transmissões”.A atitude principal, segundo o especialista, é aumentar a velocidade da vacinação contra o coronavírus. Aliado a isto, diz ele, é necessário ampliar medidas de contenção da contaminação pelo patógeno. “Se você perguntar qual a coisa número um de se fazer, é urgente vacinar, vacinar, vacinar, vacinar. E, número dois, pari passu [simultaneamente] com isso: reduzir as transmissões”.

Arruda informou inclusive que aconselhou o governo federal, já em novembro de 2020, a tomar medidas contra a disseminação do vírus, como o bloqueio de viagens aéreas, por exemplo. “Em novembro eu falei com pessoas até do governo que o Brasil precisava fechar aeroportos por 15 dias, as variantes iriam se espalhar. Mas então houve a necessidade de transferência de pacientes, inclusive de Manaus, para outras cidades, levando o vírus. Isso disseminou o vírus. Não só isso, mas os aeroportos estão cheios de pessoas viajando para todos os lados”.

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Para agora, o médico afirmou que é preciso adotar lockdowns nas regiões mais afetadas pela doença no país, continuar investindo no uso de máscaras, abrir mais leitos de UTI e recrutar profissionais da saúde para atender os pacientes. Para além disso, é primordial, segundo Arruda, que o governo forneça auxílio financeiro à população para que o isolamento seja eficiente, com os cidadãos podendo permanecer em casa sem temer a falta de renda. “O que a gente tem que fazer agora são lockdowns nos focos, com parada inclusive de viagens aéreas. Não se pode permitir esse tráfego intenso de pessoas nesse momento. Precisaríamos aí de umas duas semanas de uma bela parada, sem nem ficar falando em negócio de abrir escola, fazer exceção para igreja, cultos religiosos. Para quê, gente? Pode rezar em casa. O uso de equipamentos de proteção, máscaras, você vê pessoas do governo saindo sem usar. Isso é um acinte à questão que está comprovada da redução de transmissão pelo uso de máscara”.

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