CNI elogia Mercadante e vê BNDES como elo estratégico para nova política industrial
Para Robson Andrade, indústria confia na capacidade de Aloizio Mercadante de conduzir o banco como instrumento de fortalecimento da indústria e desenvolvimento sustentável do país
Da Agência CNI de Notícias - Em seus 70 anos de história, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem tendo participação decisiva no processo de desenvolvimento econômico do Brasil. Com o governo que agora toma posse, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera que a instituição desempenhe papel decisivo no apoio à adoção de uma política industrial voltada à Indústria 4.0, à inovação no setor privado, ao aumento da integração internacional da economia brasileira e à transição para uma economia de baixo carbono.
Nesse sentido, a CNI confia na capacidade de Aloizio Mercadante, indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o BNDES, de coordenar os trabalhos do maior banco de fomento do país e direcionar os seus esforços para uma atuação focada no apoio ao fortalecimento do setor produtivo e na implementação de estratégias que contribuam para o crescimento sustentado da economia.
“O Brasil precisa de uma política industrial moderna, alinhada às melhores práticas internacionais, com investimento em inovação, com ênfase em tecnologias socioambientais sustentáveis, eficiência energética, geração de energias renováveis e digitalização de processos governamentais”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
“Mercadante tem uma trajetória de interlocução franca e aberta com a indústria e conhece as forças e os desafios de quem produz e empreende no Brasil”.
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BNDES tem tido papel decisivo no desenvolvimento do país
Ao longo dos anos, o BNDES teve papel importante por sua capacidade de estimular o desenvolvimento e de formular estratégias que contribuem para a modernização e aumento da eficiência da economia. Mais recentemente, vale destacar a aproximação do banco de fomento à agenda de modernização da indústria, pela Câmara I4.0. Esse diálogo ajudou a instituição a compreender as demandas do setor produtivo por crédito e subvenção, resultando na criação de linhas de financiamento para maquinário e serviços 4.0.
Por outro lado, é preciso reforçar o seu papel dentro do sistema de financiamento à inovação, no qual o Estado deve ter um papel mais relevante na formulação de políticas e no apoio financeiro à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). O BNDES deve ampliar sua a atuação, juntamente com agentes privados, no financiamento a pequenas e médias empresas.
Também é fundamental retomar a relevância do BNDES no apoio às exportações a um patamar compatível com as necessidades de financiamento do setor exportador do país. Entre 2009 e 2019, por exemplo, os desembolsos do BNDES-Exim caíram 91% e mesmo a recuperação do valor, em 2020, não altera o diagnóstico problemático.
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