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    Projeto do criador do ChatGPT já escaneou a íris de 115 mil brasileiros em menos de um mês

    Projeto de Sam Altman, CEO da OpenAI, gera polêmica ao operar em São Paulo e atrai fiscalização da ANPD

    (Foto: Pixabay)

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    247 - A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, já realizou o escaneamento da íris de 115 mil brasileiros desde que iniciou suas operações no país, em 13 de novembro de 2024. As informações foram confirmadas pela própria empresa ao G1 nesta quarta-feira (11).

    Além disso, a companhia revelou que 519 mil brasileiros possuem conta no World App, um aplicativo que permite transações com a criptomoeda da plataforma. Essa moeda digital é distribuída aos usuários que aceitam realizar o escaneamento da íris, procedimento central para o funcionamento do projeto.

    Atualmente, as coletas estão sendo realizadas em 20 locais espalhados pela cidade de São Paulo, sem custo para os interessados, segundo a empresa. Entre os pontos de atendimento, destaca-se a loja instalada no Shopping Boulevard Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista.

    No entanto, o projeto não está isento de polêmicas. Especialistas levantam preocupações sobre a falta de transparência quanto aos dados coletados e sua utilização. “A ausência de informações claras sobre a finalidade e a proteção desses dados biométricos coloca em xeque a privacidade dos usuários”, alertam pesquisadores na área de segurança digital.

    Fiscalização da ANPD

    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já está atenta ao tema. Um dia antes da estreia do projeto no Brasil, o órgão iniciou um processo de fiscalização para investigar o funcionamento da iniciativa e os possíveis riscos aos cidadãos. 

    Vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a ANPD tem como missão assegurar que iniciativas envolvendo dados pessoais respeitem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O desfecho da investigação será determinante para o futuro da operação no Brasil.

    Operação global

    Além do Brasil, a World já está em atividade nos Estados Unidos, México, Espanha, Portugal e Alemanha. Com a proposta de integrar tecnologia de ponta e acesso à criptomoeda, o projeto tem chamado a atenção de milhares de pessoas, mas também enfrenta críticas similares em outros países.

    Enquanto atrai usuários interessados em benefícios financeiros, a World ainda precisa enfrentar o escrutínio de órgãos reguladores e especialistas que questionam os limites éticos e legais do uso de dados biométricos. A expansão da iniciativa promete ser acompanhada de perto tanto por investidores quanto por defensores da privacidade.

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