Indiciado, Trump denuncia ‘perseguição política’
Um júri de Nova York votou nesta quinta-feira para indiciar republicano em caso de pagamento pelo silêncio de uma atriz pornô
247 - Donald Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais, afirmou nesta quinta-feira, 30, ser vítima de perseguição política e interferência eleitoral sem precedentes na história. Em comunicado, o republicano acusou os democratas de mentir, trapacear e roubar em sua obsessão de tentar "pegar Trump", afirmando que é uma pessoa completamente inocente.
Além do caso envolvendo a ex-atriz pornô, Stormy Daniels, Trump é investigado por interferência eleitoral no estado da Geórgia e sofre dois inquéritos em nível federal por seu papel no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos por seus seguidores em 6 de janeiro de 2021, que tentaram anular sua derrota eleitoral de 2020. Também corre uma investigação sobre os documentos ultrassecretos que ele levou da Casa Branca para sua residência oficial após deixar o cargo.
Embora as especificidades do indiciamento em Nova York, anunciado nesta quinta-feira, não tenham sido divulgadas, o processo é centrado no pagamento pelo silêncio de Stormy Daniels. O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, apresentou recentemente provas a um grande júri de Nova York sobre um pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 682 mil na cotação atual) à atriz pornô feito nos últimos dias da campanha presidencial de 2016, em troca de seu silêncio sobre um suposto caso.
O pagamento em si não seria ilegal, mas o dinheiro foi justificado como honorário advocatício para um dos advogados de Trump, Michael Cohen, e a tentativa de esconder a natureza do pagamento pode ser considerada criminoso. Os promotores afirmam que foi uma falsificação de registro comercial e que o pagamento indireto também seria uma tentativa de esconder uma relação dos eleitores. Trump nega o caso e seu advogado acusa Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, de extorsão.
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