Futuro chanceler diz que política externa vai incentivar o agronegócio

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que a politica externa do futuro governo vai incentivar as negociações para ampliar o comércio e o agronegócio de forma "ativa e sistematicamente" e que o Itamarty estará "à disposição" do agronegócio ; os recentes anúncios da novas diretrizes da política externa contudo, causaram preocupação junto aos produtores; dentre elas a saída do Acordo de Paris e a mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, o que pode provocar prejuízos junto aos mercados da União Europeia e dos países árabes 

Futuro chanceler diz que política externa vai incentivar o agronegócio
Futuro chanceler diz que política externa vai incentivar o agronegócio (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


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Agência Brasil - O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou hoje (21) que no próximo governo a política externa brasileira vai incentivar as negociações para ampliar o comércio e o agronegócio de forma "ativa e sistematicamente". Ele criticou duramente a conduta adotada pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

"Nos governos petistas, o Itamaraty foi a casa do MST [movimento dos trabalhadores sem terra]. Agora estará à disposição do produtor", disse o futuro chanceler em sua conta no Twitter. Ele fez 12 postagens sobre o tema nesta sexta-feira.

Araújo acrescentou que o objetivo é construir um novo momento para o país. "A pujança agrícola será parte do projeto de engrandecimento do Brasil. Ao mesmo tempo, a projeção de um país confiante, grande e forte servirá ainda mais aos interesses da agricultura."

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Sem antagonismos

Na série de tuítes, Araújo condena o discurso sobre o antagonismo entre os incentivos ao agronegócio e a preservação ambiental. Segundo ele, o Itamaraty e o Ministério da Agricultura trabalharão juntos. O futuro chanceler também destacou que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex) será redirecionada.

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"Querem jogar a agricultura contra os ideais do povo brasileiro? Não conseguirão. O trabalho incansável, a fé, a inventividade, o patriotismo dos agricultores são a própria essência da brasilidade."

Segundo Araújo, o governo brasileiro vai defender o produtor rural e não colocá-lo como adversário do meio ambiente. "Defenderemos o produtor brasileiro nos foros internacionais, da pecha completamente falsa de ser agressor do meio ambiente. O produtor agrícola brasileiro contribui para a preservação ambiental como em nenhum outro lugar do mundo."

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Orientações

O futuro chanceler afirmou também que será criado um departamento específico no Ministério das Relações Exteriores para cuidar dos temas relativos ao agronegócio.

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"Estamos criando no Itamaraty um Departamento do Agronegócio para trabalhar junto com o Ministério da Agricultura na conquista de mercados internacionais. Daremos ao agro a atenção que no MRE [Itamaraty] ele nunca teve."

Ele acrescentou que orientações serão transmitidas às representações do Brasil no exterior para dar mais atenção ao agronegócio. "Orientaremos as embaixadas a promover os produtos agrícolas brasileiros ativa e sistematicamente. A Apex será direcionada no mesmo sentido."

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Para Araújo, a forma como são conduzidas certas negociações não gera resultados positivos para o Brasil. "Algumas negociações comerciais em curso são ruins para a agricultura. Vamos reorientá-las em benefício dos produtores brasileiros."

Identificação

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De acordo com o futuro chanceler, há uma identificação entre o meio rural e as propostas do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. "O setor produtivo agrícola identifica-se profundamente com os valores da nação e os defende, tanto que apoiou e apóia maciçamente [presidente eleito Jair] Bolsonaro. Mas o establishment da velha política e da velha mídia quer usar o agro como pretexto para reduzir o Brasil a um país insignificante."

Segundo Araújo, nos últimos governos não foram fechados acordos comerciais relevantes. "Nesses longos anos sem ideais e sem identidade, não fechamos nenhum acordo comercial relevante. Isso mostra que não é pela autonegação ou pela adesão automática aos cânones do globalismo que o Brasil conquistará mercados, mas pela autoconfiança e pelo trabalho."

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O futuro chanceler acrescentou que o Brasil quer ir além da exportação de frango, soja, carne e açúcar. "Nova política externa: o Brasil não deixará de exportar frango e soja, carne e açúcar, mas passará a exportar também esperança e liberdade. O fato de ser uma potência agrícola não nos proíbe de ter ideais e de lutar por eles."

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