"Não existe chance de atrasarmos a obra"

O corre-corre é visível dentro da Secretária Extraordinária da Copa do Mundo; os 10% finais da obra do Estádio Nacional de Brasília tem mobilizado todos os funcionários, que tem trabalhado duro para cumprir a palavra do governador Agnelo Queiroz; o petista quer inaugurar o Mané Garrincha no dia 21 de abril; ao Brasília 247, Cláudio Monteiro, disse "não ter possibilidade" de novos atrasos e que a parte final da obra está sendo executada de forma "sincronizada" com o empenho de 6 mil profissionais; "se fosse para não entregar no prazo não faríamos a Copa das Confederações em Brasília, enfatizou o secretário

"Não existe chance de atrasarmos a obra"
"Não existe chance de atrasarmos a obra"


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Juliane Sacerdote _Brasília 247 – O secretário extraordinário da Copa do Distrito Federal passou a sexta-feira 22 cercado por jornalistas. Todos queriam entender os motivos que levaram o governo a pedir ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU). Cláudio Monteiro conversou com o Brasília 247 e respondeu algumas questões que têm suscitado debates acalorados na capital do país.

Se mostrando quase um defensor pessoal do projeto de construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, o secretário destacou que "não há chance" de atrasar a entrega da arena, que está "mantida" a inauguração para o dia 21 de abril, como "presente" para Brasília pelos seus 53 anos.

E mandou um recado para quem fala que a obra é uma das mais caras do país: "Nós construímos do zero. Nossa obra é única, singular. Não tem como ser comparada com nada no Brasil". Confira alguns trechos desse bate papo.

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Brasília 247Temos apenas 10% de obra pela frente, justamente a parte de acabamento e de detalhes importantes. Como estão os prazos? Vai dar tempo?

Estamos trabalhando de forma sincronizada, quase como uma orquestra. Estou com seis mil funcionários trabalhando. Já temos 42 mil das 48 mil cadeiras instaladas. Estamos na fase final de colocação da cobertura, e vamos terminar na segunda-feira 25. O placar já está com a estrutura metálica instalada e a parte eletrônica vai ser colocada nos próximos dias. O gramado é a parte final da obra. Nosso gramado está plantado em uma fazenda de Sergipe. São dois rolos de 16 metros quadrados e 1,20 de largura. Queremos colocar em 72 horas no dia 15 de abril. É a cortina que vai abrir o espetáculo.

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Brasília 247 – Como ficam as duas últimas licitações que foram liberadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal na semana passada, sobre as obras de urbanismo e paisagismo ao redor do Mané Garrincha?

Vamos conseguir fazer as calçadas para a Copa das Confederações e todas as obras de acesso, que vão possibilitar a população encontrar a arena de cara nova e não com aquele aspecto de obras. Vamos entregar o estádio em perfeitas condições para o Jogo Brasil e Japão no dia 15 de junho. Os dois túneis de ligação [entre a arena e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães e o que sai do Parque da Cidade em direção ao Clube do Choro] vão ser feitos para a Copa de 2014, assim como a construção da ligação entre as W4 e W5 Norte e Sul.
As ciclovias e o urbanismo completo da zona central da cidade vamos entregar depois de junho de 2014, porque a FIFA pede estruturas temporárias para a realização do mundial.

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Brasília 247 – Existe chance do Mané Garrincha não ser entregue no dia 21 de abril?

Não existe essa possibilidade. Se fosse para não entregar no prazo não faríamos a Copa das Confederações em Brasília e nem teríamos lutado para sediar a abertura do mundial. Não esperamos sobressaltos até o dia 21 de abril. Brasília vai ganhar um grande presente, que vai ficar como monumento histórico.

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Brasília 247 – A licitação do guarda-corpos ainda está suspensa pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal. Como fica essa parte da obra?

Vamos prestar os esclarecimentos necessários até terça-feira e esperamos a liberação o mais rápido possível, ainda na próxima semana.

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Brasília 247 – Quase todas as licitações do Mané Garrincha foram suspensas pelo Tribunal de Contas em algum momento. Os auditores apontaram "sobrepreço" e "falhas graves" nos projetos. O que ocorreu? Falta de planejamento? Os projetos foram mal feitos?

Isso não é verdade. Não existe projeto mal feito. Auditor não julga, quem dá juízo de valor é conselheiro. Tem coisas que a gente fica surpreso de ouvir, mas não temos recebido nada oficialmente do tribunal nesse sentido. Estamos prestando todos os esclarecimentos necessários. Não existem falhas. Estamos construindo tudo dentro da legalidade e da transparência. Não existe dicotomia, estamos do mesmo lado do Tribunal de Contas, da defesa e cuidado com o recurso público.

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Brasília 247 – E as críticas sobre o valor total da arena, que já ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. É realmente o estádio mais caro do país?

O Mané Garrincha é único no país. Não existe nada que possa ser comparado a ele. Maracanã (Rio de Janeiro), Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Fortaleza)... o nosso foi construído do zero. Tivemos que fazer tudo dentro da obra. Eu sei que os outros fizeram reformas. Vamos aguardar o fim de todas as obras. Temos que fazer as contas do preço unitário, dos materiais gastos, da área construída. As pessoas não tem argumentos e informações suficientes para fazer previsões nesse sentido. Não conheço previsão acertada. São críticas infundadas e prematuras.

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Brasília 247 – Novas parcerias com a ONU ainda podem ser feitas?

Nesse momento eu não vejo outras possibilidades. Recorremos à ONU porque queríamos alguém com expertise, um parceiro acima de qualquer suspeita. Não podíamos correr o risco de ter empresas envolvidas em cartel ou qualquer outro problema. Queremos ter a certeza da execução. Mas é uma parceria temporária enquanto durar a Copa. Depois vamos contratar os serviços definitivos.

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