Lula e Temer forjam aliança do boi em Goiás

Ex-presidente e vice articularam a filiação de José Batista Júnior, um dos donos do grupo JBS Friboi, ao PMDB; empresário, que está de saída do PSB, pediu a garantia de que será candidato ao governo de Goiás, contra o tucano Marconi Perillo, que buscará a reeleição em 2014; na aliança, PT teria a vice; mudança também retira de Eduardo Campos seu palanque em Goiás; grupo JBS, que recebeu bilhões do BNDES nos últimos anos, é também um dos maiores doadores de campanha do País

Lula e Temer forjam aliança do boi em Goiás
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247 - Uma articulação conduzida pelo ex-presidente Lula e pelo vice Michel Temer forjou a "aliança do boi", em Goiás, para enfrentar o tucano Marconi Perillo, que, em 2014, busca a sua reeleição. A peça central é o bilionário José Batista Júnior, do grupo JBS Friboi, que está trocando o PSB, de Eduardo Campos, pelo PMDB, onde ele espera ter a garantia de que poderá concorrer ao Palácio das Esmeraldas. Leia, abaixo, o texto de Josias de Souza sobre a mudança:

Goiás: Temer e Lula tiram palanque de Eduardo

Josias de Souza

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Em articulação que passou pelo Palácio do Jaburu, residência oficial de Michel Temer, e pelo Instituto Lula, PMDB e PT puseram abaixo o palanque de Eduardo Campos no Estado de Goiás. José Batista Júnior, um capitalista bilionário que havia se aninhado no PSB em 2011, acertou sua filiação ao PMDB.

Se tudo correr como negociado, o personagem será recepcionado na legenda de Temer em meados de maio, se oferecerá como candidato a governador de Goiás em 2014, terá um petista como vice, abrirá seu palanque para Dilma Rousseff e exibirá Lula em sua campanha. Com isso, o presidenciável do PSB ficou a pé no Estado.

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Conhecido como Júnior do Friboi, José Batista integra uma das famílias mais ricas do país, controladora da JBS, empresa nascida do frigorífico Friboi. Sob Lula, os negócios dos Batista foram potencializados com verbas companheiras do BNDES. A coisa começou em 2009, quando o bancão oficial borrifou R$ 3,2 bilhões na caixa registradora do Friboi.

O BNDES injetou mais R$ 2,5 bilhões no frigorífico Bertin, adquirido pelo Friboi. Sob o comando de João Batista, o Júnior, o frigorífico expandiu seus negócios para os EUA. Emitiu R$ 3,4 bilhões em debêntures. O BNDES adquiriu 99,9% dos papéis. Mais recentemente, os Batista cogitaram comprar a Delta, empreiteira do Cachoeiragate. Levada às manchetes de ponta-cabeça, a família achou melhor sair de fininho.

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Para dedicar-se à política, João Batista desligou-se dos negócios. Hoje, a JBS-Friboi, maior casa de carnes do mundo, é operada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Como postulante ao governo de Goiás, Júnior do Friboi é visto como uma espécie de candidato dois em um. Ao PMDB, agrega prestígio e autofinanciamento de campanha. Ao PT, fornece o palanque de Dilma e um nome com potencial para medir forças com o governador tucano Marconi Perillo, um desafeto que disputará a reeleição.

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