Mourão usará integrantes no conselho para trocar comando da Vale

O presidente interino Hamilton Mourão pretende levar adiante a troca de comando da Vale, que, ontem, perdeu mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado com o crime ambiental de Brumadinho (MG); o plano consiste em chamar uma reunião extraordinária contando com os votos de conselheiros ligados a fundos de pensão estatais e ao BNDES; "A questão da diretoria tem de reunir o conselho de administração. É ele quem nomeia", disse ele; o atual presidente, Fábio Schvartsman, foi indicado por Aécio Neves (PSDB-MG) para o cargo e deve ser demitido

Mourão usará integrantes no conselho para trocar comando da Vale
Mourão usará integrantes no conselho para trocar comando da Vale (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)


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247 – O governo federal deverá forçar uma reunião extraordinária do conselho de administração da Vale, que deverá redundar na troca dos atuais diretores, incluindo o presidente Fábio Schvartsman, que foi indicado para o cargo por Aécio Neves, durante a administração de Michel Temer (saiba mais aqui).

"O governo acredita que, como tem representantes aliados em maioria no conselho de administração, conseguirá convencer o restante dos representantes de acionistas da companhia a aprovarem a destituição dos diretores", informa reportagem da Folha. "Banco do Brasil e funcionários da empresa liderariam esse movimento. Para o governo, entram também na conta de aliados os fundos de pensão Previ e Petros —de funcionários do BB e da Petrobras, respectivamente— e também o BNDESPar —segundo maior acionista da companhia."

"A questão da diretoria tem de reunir o conselho de administração. É ele quem nomeia", disse o presidente interino Hamilton Mourão. "Estudos estão sendo aprofundados para que a decisão seja tomada adequadamente e naturalmente dentro dos ditames legais que regem o nosso dia a dia", afirmou o porta-voz Otávio do Rêgo Barros.

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Confira abaixo reportagem da Agência Brasil: 

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, comanda hoje (29) reunião ministerial, no Palácio do Planalto, a partir das 9h. A reunião terá um tema único: a tragédia causada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.

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A reunião ocorre no quarto dia de buscas por vítimas . Pelo último balanço, foram confirmadas 65 mortos, 279 pessoas desaparecidas e 135 desabrigados. Ontem (28), o Gabinete de Crise da Presidência se reuniu em duas etapas – pela manhã e à tarde.

Recomendações

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Ao final, o governo federal anunciou que será publicada hoje (29) recomendação aos órgãos reguladores para promover fiscalizações, nos estados, observando todas as barragens, que têm ameaças à vida humana.

A medida inclui também a exigência das empresas para imediata atualização dos seus planos de segurança de barragens. Deverá ser criado um grupo de trabalho para atualizar a lei que etabeleceu a política nacional de segurança de barragens.

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A orientação é para que os órgãos fiscalizadores avaliem a necessidade de remoção de estruturas próximas às barragens, como forma de resguardar a integridade dos trabalhadores. 

Foco

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Mourão afirmou ontem que o desastre ocorrido em Brumadinho impôs uma mudança na pauta do encontro. Esta semana, os ministros discutiriam governança. A questão também  foi abordada pelo secretário de Geologia, Mineração e Transformação Natural do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal.

Agenda

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Mourão tem uma agenda intensa hoje, incluindo sessão solene em comemoração aos 20 anos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também tem reuniões com empresários e o embaixador Mário Vilalva, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex/Brasil), além do deputado eleito Luiz Philippe Orléans e Bragança (PSL-SP) e do presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rubens Hannun.

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