"Receita" de riqueza para qualquer idade

Com trs simples ingredientes, o professor Mauro Calil mostra como fazer seu dinheiro crescer e chegar a R$ 2 milhes. Os juros so o "calor do forno" e o tempo, o "fermento da receita".

"Receita" de riqueza para qualquer idade
"Receita" de riqueza para qualquer idade (Foto: Divulgação)


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Luciane Macedo _247 - "Enriquecer é uma realidade factível no Brasil de hoje em dia para qualquer pessoa que ganhe mais de mil reais". A tranquilidade com que o professor e educador financeiro Mauro Calil faz esta afirmação chega a ser perturbadora, especialmente para os que estão acostumados a ver "sobrar mês" e faltar salário. A pergunta de qualquer trabalhador de uma típica família de classe média brasileira naturalmente seria: "Como? Qual é o segredo?" E a resposta de Calil é tão simples quanto uma receita de bolo: a riqueza se faz com pequenas quantias aplicadas todo mês (farinha do bolo), juros (o calor do forno) e tempo de investimento (o fermento do bolo). 

Administrador de empresas com MBA pela Universidade de São Paulo e professor do Instituto Nacional de Investidores (INI), Calil não titubeia quando o assunto é dinheiro e como conquistar a tão sonhada riqueza com estabilidade financeira. Em seu livro "A receita do bolo", a primeira frase é justamente sua fórmula simples e sem segredos, testada e aprovada por centenas de alunos que já passaram por seus cursos: "um milionário se faz com R$ 10,00 por dia + 1% de juros ao mês + 30 anos de investimento". 

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O pulo do gato com a receita de Calil é começar, e não quanto investir ou em qual aplicação financeira colocar o dinheiro. Quanto mais cedo se começar a assar esse bolo, melhor, especialmente quando ainda temos os juros mais altos do mundo. A receita de riqueza do educador financeiro, que é simples, mas nada tem de estática, pode (e deve) ser livremente manipulada para que haja sucesso e para que se adapte à renda e ao perfil de cada investidor. Ela é maleável o suficiente para ser usada por qualquer um, em qualquer etapa da vida, sem grandes privações. Afinal, são poucos os que não dispõem de apenas R$ 10,00 por dia para investir. 

"Existem três fatores para se mexer nessa fórmula: tempo, juros e valor investido todo mês", explica Calil. "Quanto mais você tiver de um fator, menos vai precisar do outro", continua. "Assim, quem tiver menos tempo, deve investir quantias maiores ou procurar os juros mais atraentes. De forma inversa, quem é mais jovem e tem mais do fator tempo disponível, poderá investir menos dinheiro com juros também um pouco menores". Os ingredientes do sucesso, portanto, são os mesmos. 

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Na analogia culinária, solicitamos ao professor que assasse para "Seu Dinheiro" um bolo de R$ 2 milhões. Veja, nos gráficos a seguir, como ficaram as receitas, em quatro possibilidades distintas: duas começando do "zero" e outras duas para quem já tem uma pequena reserva na caderneta de poupança. Calil também explicou a questão dos juros, como buscar as melhores aplicações financeiras e como fazer a manutenção da carteira de investimentos ao longo dos anos, fator vital para garantir que o bolo cresça. 

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"Repartir as aplicações, meio a meio, entre renda fixa e renda variável, é um bom começo", orienta Calil, assinalando que a carteira deve ser revista a cada seis meses ou um ano -- em menos tempo caso haja algum acontecimento muito relevante no mercado. "Hoje, eu diria tranquilamente para colocar 80% em renda variável por causa do potencial de valorização da Bolsa", diz Calil, que investe em ações há mais de 20 anos. "O potencial de valorização ou desvalorização da renda variável, qualquer que seja o caso, é que deve determinar quanto do investimento vai para a renda fixa", assinala o professor. "Uma boa carteira, hoje, poderia ter 60% em ações, 20% em fundos de investimento imobiliário e 20% em renda fixa", sugere. 

Segundo o educador financeiro, o importante é não estacionar o dinheiro em uma única aplicação por muitos anos. "Os fatores econômicos mudam, por isso devemos nos habituar a reavaliar os investimentos periodicamente e rebalancear a carteira entre renda fixa e variável, aproveitando o que de melhor ambas podem oferecer", explica Calil. "A renda fixa oferece estabilidade e segurança, enquanto que a variável oferece rentabilidade advinda da volatilidade, ou seja, comprar barato e vender caro." 

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Mas como encorajar o investimento em renda variável quando a Bolsa tem registrado uma fuga em massa dos investidores pessoa física? "Nos investimentos, você tem que atuar contra os seus instintos mais primitivos", orienta Calil. "Quando o grupo vai para um lado, você vai para o outro." Deixar-se guiar pela emoção é um péssimo negócio no mundo dos investimentos. "Dinheiro não obedece a leis de sobrevivência na selva, que é justamente como a maioria das pessoas age em momentos de crise", ressalta Calil. "Mas quem investe R$ 300 ou R$ 400 e compra ações aos poucos durante uma crise se surpreende depois, quando a Bolsa se recupera". 

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E quanto aos juros? "Taxas de juros entre 1,5% a 2,5% ao mês podem ser conseguidas, com relativa tranquilidade, em carteiras de ações de empresas que são boas pagadoras de dividendos", explica Calil. "O ponto a ser relevado é que não se consegue tal taxa de juros de maneira fixa, mas sim com a valorização dos papéis e reinvestindo os dividendos", continua o professor. "Ou seja, ao final de um período longo de investimentos, olhamos para trás e podemos ver os juros de tal monta". 

Na avaliação de Calil, observando seus próprios alunos, a receita do bolo pode ser colocada em prática com facilidade até mesmo por jovens sem experiência sequer com a caderneta de poupança, pessoas que estão acostumadas a gastar tudo o que ganham. Outros, que sofriam da velha angústia "quero investir, mas não sei como", também obtiveram êxito, entre eles um motoboy, que frequentou os cursos do INI e voltou a procurar o professor depois de alguns anos, com outro tipo de dúvida: o que fazer com tanto dinheiro. 

"O jovem que ainda mora com os pais, por exemplo, que está empregado e não tem despesas familiares pode ser ainda mais agressivo e investir 100% em ações", incentiva o educador financeiro. "Ele tem mais tempo e pode ir comprando ações aos poucos, com pequenas quantias que acabaria gastando em baladas ou roupas", assinala Calil. "Se comprar apenas uma roupa de grife por mês, em vez de duas, e investir o resto do dinheiro, estará aumentando sua chance de ficar milionário". 

Quem já tem estabilidade na carreira também deve encontrar na tranquilidade futura e na realização de grandes sonhos um incentivo para começar, ainda que tenha um orçamento familiar apertado. "Investir com regularidade, nem que seja em pequenas quantias, é o mais importante ingrediente do sucesso", reforça Calil. 

Sobre planos de previdência privada, Calil avalia que devem ser vistos como um seguro contra a falta de renda na terceira idade, e não como uma aplicação financeira normal. "Eles são bons desde que a pessoa aplique com regularidade, durante 15 anos ou mais, e aproveite os benefícios fiscais em favor do plano, e não em favor do consumo", ressalva o educador financeiro.

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