Os 7 pecados capitais das finanças

Conhea e saiba como ficar longe de hbitos que ferem o bolso e impedem que o dinheiro se multiplique com eficincia nos investimentos. Certas prticas permeiam cultura financeira desde a poca da superinflao

Os 7 pecados capitais das finanças
Os 7 pecados capitais das finanças (Foto: Shutterstock)


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Luciane Macedo _247 - Velhos hábitos são difíceis de abandonar. Nas finanças pessoais e no mundo dos investimentos, certos comportamentos, percebidos ou não, tornam-se verdadeiros vilões do bolso e dos bons rendimentos. E a experiência de educadores financeiros e outros profissionais, como os que trabalham em corretoras, mostra que nossa cultura financeira está permeada de maus hábitos.

Alguns deles estão fortemente arraigados no modo de agir de muitos investidores desde os tempos da superinflação, até mesmo para quem não viveu aquela época, mas herdou e conservou velhas crenças. Outros comportamentos são frutos do presente, de uma cultura consumista e cada vez mais centrada no momento.

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De um modo ou de outro, essas práticas disseminadas, adotadas e conservadas em detrimento do interesse do próprio investidor, que é multiplicar o seu dinheiro, são como pecados capitais, que devem ser evitados (veja gráficos).

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Segundo Mauro Calil, educador financeiro e professor do Instituto Nacional de Investidores (INI), o mais comum de todos os pecados é confundir consumo com investimento. "Muita gente diz: 'Fiz um ótimo investimento, comprei um carro ou uma casa na praia ou um terno novo para uma entrevista de emprego', mas se esquece de que ter coisas não é o mesmo que ter patrimônio", comenta Calil. "Investimento é algo que você faz na intenção de ter aquele dinheiro e mais um pouco no futuro", salienta o educador. "Ter quatro carros na garagem não é investimento, é despesa".

Velhas crenças que não são verdadeiras, como pensar que "só a poupança é segura", salienta Calil, também devem ser abandonadas. "Existem crenças que foram arraigadas na nossa cultura financeira em uma época que existia pouca alternativa de investimento e a legislação não era tão forte como é hoje, mas muita coisa mudou", assegura o professor do INI. "Se um imóvel que se compra para alugar pode ser uma boa fonte de renda, não é verdade que um imóvel só se valoriza, ao contrário do que muita gente pensa", assinala. "Muita coisa pode acontecer e um imóvel pode ou não se tornar um bom investimento". A noção de risco acentuado quase sempre associada aos investimentos em ações também deve ser melhor avaliada. "É arriscado investir na Bolsa? Sim, mas pode ser menos do que investir em imóveis", reforça Calil.

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O terceiro pior hábito, na avaliação do educador do INI, é não ter objetivos claros para o dinheiro investido. Segundo Calil, essa é uma clara herança da superinflação dos anos 80. "As pessoas chagavam ao banco e perguntavam: 'O que está rendendo mais"? E os gerentes despejavam todo o dinheiro do cliente em uma cesta só", lembra. "Hoje, não estamos mais nesse cenário, então é preciso ter um objetivo claro para o uso do dinheiro após o resgate, justamente para que se possa achar as melhores alternativas de investimento para aquele objetivo", esclarece. Outro fator, diretamente ligado ao objetivo, é o prazo. "Sem um plano e prazo claros, fica difícil tirar o máximo de qualquer investimento".

O temor de investir fora da rede bancária ou dos grandes bancos do varejo é outra herança dos tempos de privações e desvalorização diária do dinheiro, mas que, hoje, só trabalha contra o próprio investidor, que não procura alternativas mais rentáveis do que a poupança. "Tem gente que não vai para o Tesouro Direto porque pensa que só a poupança é segura, o que não é verdade", salienta Calil. O Fundo Garantidor de Crédito protege várias modalidades de investimento até R$ 70 mil, por CPF e por instituição, não é uma exclusividade da poupança. A moda é também inimiga dos bons investimentos. "Se seguir a moda, você compra na alta e vende na baixa", adverte Calil. "Os preços podem não cair, mas você também não terá mais a mesma velocidade de crescimento".

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Outro grande pecado, avalia Calil, é deixar de investir pequenas somas com regularidade. "Esse dinheiro que a pessoa acha que é pouco para investir acaba virando consumo e alimentando pequenos prazeres, como cafezinho e pão de queijo", diz Calil. "Com o tempo, essas pequenas somas é que vão fazer diferença no futuro", salienta o educador financeiro. "É um pecado muito grande transformar R$ 100,00 em pão de queijo quando esse dinheiro poderia fazer seu patrimônio crescer".

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