São Paulo pode virar praça de guerra nesta tarde

Está marcado para as 17h, em frente ao Teatro Municipal, mais um protesto do Movimento Passe Livre contra o reajuste nas passagens de ônibus na capital paulista; de Paris, o governador Geraldo Alckmin prometeu reprimir, de forma mais dura, os manifestantes; Ministério Público propõe acordo para adiar reajustes durante 45 dias, em troca do fim dos protestos; soldado Wanderlei Paulo Vignoli, que chegou a apontar arma para a população, relatou seu medo de ser assassinado: "Gritavam lincha, mata"

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247 - O centro de São Paulo poderá se transformar, no fim da tarde desta quinta-feira, numa verdadeira praça de guerra. Integrantes do Movimento Passe Livre, que defendem o transporte gratuito na capital, prometem realizar sua maior manifestação, com início às 17h, em frente ao Teatro Municipal.

De Paris, onde faz campanha para que São Paulo seja sede da Expo 2020, o governador Geraldo Alckmin prometeu reprimir, com maior intensidade, os protestos de "vândalos", que estariam causando transtornos à população. "A polícia vai responsabilizar e exigir o ressarcimento de patrimônio destruído, seja ele público, seja ele privado. Isso extrapola o direito de expressão. Isso é absoluta violência, vandalismo, baderna e é inaceitável", disse Alckmin.

O prefeito Fernando Haddad também condenou a forma dos protestos. "Quando a manifestação já se diluía, é que começa uma ação de outra natureza, não mais associada à liberdade de se expressar, mas depredar, intimidar e provocar os tumultos."

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Para a manifestação desta tarde, a Polícia Militar promete ser ainda mais dura. Segundo o comandante das operações policiais na região central, tenente-coronel Marcelo Pignatari, a PM não vai deixar os manifestantes "à vontade pela cidade". "Vamos agir para evitar qualquer tipo de ação que quebre a ordem, que rompa os limites legais", disse.

Dois dias atrás, o policial Wanderlei Paulo Vignoli chegou a apontar uma arma na direção dos manifestantes, para evitar que fosse linchado. À Folha, ele revelou o medo que sentiu depois de ter sido apedrejado.  "Quando levei a pancada, fiquei meio atordoado, sem saber o que estava acontecendo. Logo eu escutei: "Lincha, lincha, toma arma dele. Mata". Ele também relata por que não atirou. "Somos treinados para manter o autocontrole, só atirar no limite. Entendi que, mesmo tendo sido atingido com pedradas, não era o limite para usar arma de fogo, até porque nenhum manifestante usou arma de fogo. Temos que usar a voz, a intimidação, foi o que eu procurei usar." Sua conduta foi elogiada pelo governador Geraldo Alckmin.

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Para encerrar os protestos, o Ministério Público propôs uma trégua de 45 dias – período em que seria suspenso também o reajuste das passagens para R$ 3,20.

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