A corrupção alheia
No pediatra, o prefeito petista pede a conta pela consulta de seu filho e ouve: "Bem, se o senhor aceitar me pagar sem nota fiscal, concedo 15% de desconto"

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Prefeito petista leva o filho a uma clínica pediátrica. Feita a consulta, o médico, que é muito bem conceituado na cidade, passa a discorrer sobre a corrupção que ouve no noticiário, dizendo que é uma vergonha o que vem acontecendo com governo federal e Petrobrás. Que não tem dúvida de que todos estão se locupletando.
O político ouve e explica que as investigações ainda estão em curso e que, embora o judiciário venha politizando o caso, tendendo somente para um lado, espera que tudo seja apurado para que não haja deturpações. Mesmo considerando que grande parcela da mídia já tenha condenado o seu partido e integrantes dele.
O médico não se conforma e reitera as acusações.
Uma hora de conversa depois, o prefeito pede a conta pela consulta, e ouve:
"Bem, se o senhor aceitar me pagar sem nota fiscal, concedo 15% de desconto".
O político responde: "Deixa eu ver se entendi: o senhor veio para cima de mim falando em corrupção como se tudo já tivesse sido julgado e condenado, como se com isso a corrupção generalizada no Brasil fosse debelada, e agora me vem com uma proposta de sonegação para que eu seja corrupto juntamente com o senhor?"
O médico, se mostrando ofendido, responde: "Espere um pouco, assim o senhor está me ofendendo, pois isso não tem nada a ver com o que vínhamos falando antes. Isso não é corrupção".
O político exige nota fiscal, paga, e sai do consultório já pensando em arrumar um novo pediatra para o seu filho.
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