Lava Jato: diretor da Odebrecht é preso em Salvador
Diretor da empreiteira Odebrecht, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, foi preso preventivamente em Salvador (BA), na Operação Xepa, 26ª fase da Operação Lava Jato; conhecido como Bel Silva, executivo foi preso em seu apartamento, no Jardim Apipema, condomínio de luxo, no Horto Florestal; ele é apontado como operador de propinas por meio de offshores e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde se concentram as investigações

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Sayonara Moreno, correspondente da Agência Brasil
Um dos diretores e funcionário de confiança da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, foi preso preventivamente na manhã de hoje (22), em Salvador, na Operação Xepa, a 26ª fase da Operação Lava Jato. Conhecido como Bel Silva, o investigado foi dono de uma rede de churrascarias na Bahia. No momento da prisão, ele estava em seu apartamento, no Jardim Apipema, condomínio de luxo, no Horto Florestal.
O executivo é apontado nas investigações como operador de propinas por meio de offshores (empresas abertas em paraísos fiscais). Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde se concentram as investigações.
"A partir das investigações, em planilhas e trocas de e-mails, o executivo foi apontado como um dos chefes de operações estruturadas para pagamento de propina da Odebrecht", disse a delegada Renata Rodrigues, referindo-se à estrutura exclusiva para o pagamento de propinas, dentro da empresa-alvo da operação.
Uma pessoa com pedido de prisão preventiva ainda não foi localizada em Salvador, segundo a superintendência. Outra, o funcionário Luiz Roque Silva foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos à Superintendência da Polícia Federal e já foi liberado.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da Odebrecht,na Praia do Forte (Mata de São João), no aeroporto e em uma empresa de câmbio e turismo, dentro de um shopping da cidade.
A Operação Xepa é a 26ª fase da Lava Jato, um desdobramento da 23ª fase, a Operação Acarajé.
Segundo a PF, cerca de 380 policiais federais cumprem 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco.
Ao todo, são 28 mandados de condução coercitiva, nove mandados de prisão temporária e 4 mandados de prisão preventiva, em todo o país. Segundo a PF, os investigados responderão por crimes de corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos, segundo a polícia.
Em nota, a Odebrecht confirma o cumprimento dos mandados da Polícia Federal "em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades no Brasil". A nota diz ainda que "a empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários".
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