“Eu não estou nem por dentro”
É o que diz o deputado estadual Roberto Carlos (PDT) sobre o inquérito da Polícia Federal que lhe investiga pelas acusações de formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, ao lado de oito funcionários que seriam "fantasmas" em seu gabinete

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Bahia 247
O deputado estadual e atualmente corregedor da Assembleia Legislativa (AL-BA), Roberto Carlos (PDT), parece não estar muito preocupado com o inquérito da Polícia Federal que lhe investiga pelas acusações de formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, ao lado de oito funcionários que seriam "fantasmas" em seu gabinete, segundo a PF.
Em entrevista ao site Bahia Notícias nesta sexta-feira (17), o parlamentar, cujo afastamento da função pública foi requerido pela PF ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), disse que desconhece os desdobramentos da Operação Detalhes, deflagrada há quatro meses e que culminou na apreensão de documentos e computadores em seu gabinete. "Quem está falando sobre isso é o doutor João Daniel (Jacobina, seu advogado de defesa). Eu não estou nem por dentro. Estou no interior fazendo campanha para o povo", respondeu, tranquilo, o deputado.
Seu advogado, no entanto, disse ao site que a defesa aguardará o Ministério Público Federal (MPF) se manifestar sobre o caso. "Na verdade, nesse momento a Polícia Federal encerra o inquérito policial e o MP é quem decide. O relator do TRF encaminha ao MP, que é quem vai dizer se haverá ou não ação penal. A acusação formal não existe ainda", explicou o jurista.
A apuração das supostas irregularidades foi originada em 2008, após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) emitir um relatório para a PF de Juazeiro, base eleitoral de Roberto Carlos. Segundo o Coaf, que observou indícios de incorreções nas movimentações de pessoas ligadas ao parlamentar, as transações de familiares do pedetista, como mulher e filho, não condiziam com seus ganhos reais.
Em 2010, houve a abertura do inquérito, que culminou na quebra dos sigilos bancário e fiscal dos nove envolvidos. O procedimento identificou que alguns servidores recebiam o salário – que variava de R$ 3 mil a R$ 8 mil – e repassavam parte ou até mesmo todo o dinheiro para os parentes de Roberto Carlos.
Para tentar evitar suspeitas, os valores eram transferidos indiretamente para contas de terceiros. Jacobina argumenta que a PF não teria competência para apurar o suposto desvio de dinheiro.
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