Defesa exonera comandante que atacou Dilma e políticos
General Antônio Mourão, do Comando Militar do Sul, passará a ocupar um cargo burocrático; ministro Aldo Rebelo alegou que o militar havia perdido a condição de comando em função de críticas feitas ao governo da presidente Dilma Rousseff e por ter incentivado uma homenagem póstuma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais conhecidos torturadores da ditadura militar, realizada em um quartel sob sua responsabilidade

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247 - O general Antônio Mourão foi exonerado do Comando Militar do Sul pelo Ministério da Defesa. Ele foi transferido para ocupar um cargo na Secretaria de Finanças do Exército, um cargo visto como meramente burocrático, em Brasília. A razão para a transferência de Mourão estaria nas críticas que o general teria feito à presidente Dilma Rousseff, além do fato de uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado como torturador durante o Regime Militar, ter acontecido em um quartel sob sua responsabilidade.
As críticas de Mourão á presidente Dilma foram feitas no dia 17 de setembro. Ao participar de uma palestra em Porto Alegre, o general afirmou que "a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões".
Em seguida, ao discorrer sobre as possibilidades do impeachment da presidente serem concretizadas, o general disse que "a mera substituição da PR [presidente da República] não trará mudança significativa no 'status quo'" e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".
Um outro desgaste que contribuiu para a queda do militar foi a homenagem póstuma feita por um outro general sob o seu comando ao coronel Brilhante Ustra, na última segunda-feira (26). Ustra foi o responsável por comandar o DOI-Codi, um dos principais centros de detenção e tortura de presos políticos durante a ditadura militar. Ele faleceu no último dia 15 de outubro. A cerimônia foi feita no quartel da 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria (RS), terra natal de Ustra.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo teria informado a presidente Dilma sobre a mudança. Aldo teria dito que o general teria perdido a condição de comando com os acontecimentos.
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