A Procuradoria da República atua para quebrar a Odebrecht
Jornalista Luis Nassif afirma ter ouvido de um procurador "que o MPF acertará acordos de leniência, visando poupar as empresas"; "Ora, os acordos só foram acertados quando as empreiteiras jaziam exangues, sem capital de giro, sem projetos, proibidas de operar com o BNDES e com o mercado externo sendo demolido – pelo MPF e pelo próprio BNDES", escreve Nassif

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Por Luis Nassif, no Jornal GGN - Um dos pontos centrais dos acordos de delação é a palavra das partes. O delator precisa acreditar que os acordos fechados serão cumpridos.
Peça central da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa, está ameaçado de perder as regalias da delação.
Segundo O Globo, o procurador Deltan Dallagnol – aparentemente em síndrome de abstinência de holofote – notou irregularidades na delação de Costa.
Semanas atrás conversei longamente com um procurador que respeito – da cooperação internacional. Ele estava claramente incomodado com as acusações de que o MPF se tornara uma força antinacional:
- Tem procurador de direita e esquerda aqui. Mas nenhum contra o país.
Argumentei sobre o processo de destruição nas empreiteiras nacionais. Sua resposta foi a de que o MPF acertará acordos de leniência, visando poupar as empresas.
Ora, os acordos só foram acertados quando as empreiteiras jaziam exangues, sem capital de giro, sem projetos, proibidas de operar com o BNDES e com o mercado externo sendo demolido – pelo MPF e pelo próprio BNDES.
A Odebrecht já pagou por todos seus pecados. E é uma empresa que detém tecnologia sensível em várias áreas do país: na petroquímica, na área de defesa, no submarino nuclear, nas telecomunicações, nas construções de hidrelétricas, no conhecimento do mercado internacional
Qual a lógica desse golpe final contra a empresa? Evidentemente não é para atender a interesses nacionais. Mais cedo ou mais tarde virá à tona os verdadeiros interesses a que a Lava Jato e a Procuradoria Geral da República servem.
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