Elite do funcionalismo fecha cerco sobre Dilma

Em dia de greve no Itamaraty e carta de delegados federais contra o ministro da Justiça, 22 entidades de servidores públicos protocolam dramático pedido de audiência à presidente; "a situação se agrava e é crescente a insatisfação", registram sobre falta de reajustes salariais há 3 anos

Elite do funcionalismo fecha cerco sobre Dilma
Elite do funcionalismo fecha cerco sobre Dilma (Foto: Edição/247)


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247 – A elite do funcionalismo destampou a panela de pressão pela falta de reajustes salariais, nas contas das entidades de classe, nos últimos três anos. Uma carta dirigida à presidente Dilma Rousseff, com um pedido de audiência, foi dramaticamente redigida, assinada e protocolada, no Palácio do Planalto, por nada menos que 22 entidades de servidores públicos federais. Entre as categorias profissionais representadas estão os servidores do Banco Central, os técnicos do Ipea e os auditores da Receita Federal (confira documento completo abaixo).

O movimento acontece na mesma terça-feira 19 que começou, como noticiou 247 pela manhã, com uma forte greve no Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty (leia aqui). A greve, que se estendeu pelo pessoal burocrático no Brasil e consulados e embaixadas no exterior, deve atrasar emissões de passaportes e concessões de vistos, além de provocar falta de atendimento a turistas brasileiros no exterior.

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Pouco depois de iniciada a greve, cujo início oficial foi a noite de ontem, quando os itamaratecas, como são conhecidos os funcionários do MRE, fizeram uma assembleia presencial e virtual, com consultas a setores em cerca de 50 países, outro petardo explodiu dentro dos quartéis do governo. Desta vez desferido pela Polícia Federal. Carta da principal entidade de classe da PF, a Federação Nacional da Polícia Federal (Fenapef) com 15 mil filiados, bateu de frente no que considerou serem "perseguições" políticas cometidas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso, e sua equipe, contra quem faz "críticas construtivas"ao governo. A entidade igualmente quer a interferência direta de Dilma no verdadeiro conflito aberto com o titular da pasta.

Um reunião entre a Fenapef e o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, está marcada para a manhã da próxima terça-feira 26. As "perseguições" não são o único assunto a ser tratado, mas o vice-presidente do sindicato, Paulo Roberto Poloni Barreto, garante que a questão vai ser prioridade. "Vamos apresentar os argumentos para convencer o ministro de que as punições são indevidas", explica Poloni. O vice-presidente acredita que o ministro pode não estar a par de todos os detalhes do caso Josias Fernandes Alves.

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Procurado por 247, o  Ministério da Justiça não havia se manifestado até às 16h05.

Com a atenção voltada para as questões da crise financeira internacional, na reunião do G-20 e, a partir da quarta-feira 20, focada em reuniões com chefes de Estado no Rio de Janeiro, para as conclusões da Conferência Rio+20, a presidente Dilma já tem grossos abacaxis para descascar quando voltar à rotina de sua dia-a-dia em Brasília. Até lá, como que desferindo ataques surpresas e coordenados, os funcionários públicos prometem continuar em sua guerra de guerrilha.

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