Ministros do STF rejeitam pressão e peitam Eliana

Ministros da corte reagem à declaração da corregedora de que o Supremo será julgado no mensalão; “Quem é ela para dizer que seremos julgados?”, reagiu Marco Aurélio; “Temos que decidir à luz da razão”, afirmou Luiz Fux; “A toda hora somos julgados”, completou Gilmar Mendes

Ministros do STF rejeitam pressão e peitam Eliana
Ministros do STF rejeitam pressão e peitam Eliana (Foto: Montagem/247)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Apesar de todas as pressões que vem recebendo à direita e à esquerda nos últimos meses, seja por parte dos veículos de comunicação mais conservadores, da Central Única dos Trabalhadores e de outros agentes interessados em dirigir o julgamento do mensalão, que se inicia no dia 2 de agosto, o Supremo Tribunal Federal para estar pronto para dar uma demonstração cabal de independência e de capacidade para julgar de acordo com critérios técnicos – e não políticos.

A demonstração partiu dos ministros do STF após uma declaração desastrada da corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon. Ontem, ela afirmou que o STF “será julgado pela opinião pública”, ampliando a polêmica. No entanto, o dever de um bom juiz é se isolar das pressões, geralmente marcadas pelo viés ideológico ou pela paixão política, e julgar de acordo com a letra fria da lei.

A reação dos ministros do STF foi imediata (leia mais na reportagem de Fausto Macedo, no Estado de S. Paulo). “Quem é ela para dizer que seremos julgados? O Supremo não é passível se sugestões muito menos de pressões”, reagiu Marco Aurélio Mello. Tido como um dos ministros mais legalistas da corte, Marco Aurélio afirmou que a opinião de Eliana Calmon é “altamente dispensável” e enfraquece a instituição aos olhos da população leiga. Afinal, os únicos que serão julgados são os réus, de acordo com as provas produzidas nos autos – e não segundo opiniões de editoriais de jornais ou de movimentos partidários.

continua após o anúncio

Luiz Fux foi também mais moderado. “O Supremo tem que estar acima dessas paixões passageiras”, completou Luiz Fux. “O tribunal tem que decidir à luz da razão, é a última trincheira que o cidadão tem para obter um resultado judicial justo”. Gilmar Mendes também lembrou que os ministros do STF são permanentemente julgados pela opinião pública e que, apesar disso, tomam as decisões que julgam ser as mais corretas do ponto de vista constitucional. “O que interessa é o que está nos autos”.

 

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247