Valério quer falar. STF vai ouvir?
Fax com pedido de delação para Marcos Valério foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal no fim de setembro e é "hiperlacônico", segundo o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. Assinado pela defesa do empresário, liderada pelo advogado Marcelo Leonardo, documento pede para que o empresário seja ouvido e relata risco de vida

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - É um pedido "hiperlacônico", segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, mas pode causar estrago. O advogado Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério no julgamento da Ação Penal 470, encaminhou ao STF um pedido de delação premiada em setembro, solicitando que o operador do esquema do mensalão seja ouvido e relatando risco de morte.
Segundo Ayres Britto, quem vai avaliar o documento (que está em segredo de Justiça) é o relator do processo, Joaquim Barbosa, que viajou à Alemanha para passar por um tratamento de saúde no quadril. Ayres Britto disse ainda que o pedido não tem interferência no atual julgamento do mensalão.
"Chegou um fax que não posso dizer o conteúdo porque está sob sigilo, mas é hiperlacônico", disse o presidente do STF à Folha de S.Paulo. "Em minha opinião, a essa altura, não [tem interferência]", completou, desconversando sobre a possibilidade de Valério receber algum benefício a esta altura do processo, que já está na fase da dosimetria.
Questionado se isso pode beneficiar Valério com a inclusão no serviço de proteção a testemunha e evitando que cumpra a pena dos cinco crimes a que foi condenado pelo mensalão inicialmente na cadeia, Britto desconversou: "Olha, só posso dizer que fiz o que tinha que fazer, imprimi o sigilo e entreguei a ele". Respostas? Pelo jeito, só depois de Joaquim Barbosa voltar da Alemanha.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247