Câmara terá 'batalha final' da reforma política
Nesta terça (14), quando acontece a votação dos destaques da emenda sobre o financiamento empresarial de campanhas, os partidos progressistas farão a última tentativa de derrubar a regra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tudo fez para incluir na Constituição, informa a colunista do 247, Tereza Cruvinel; ela ressalva que o PC do B apresentou destaque que remove o artigo que constitucionaliza o financiamento privado; outra grande batalha entre os campos progressista e conservador, pontua a jornalista, será travada na votação dos destaques da nova lei de regras eleitorais, sobretudo a que permite que cada candidato a deputado, gaste mais de R$ 4 milhões; concluir a reforma política e eleitoral é a questão de honra para Cunha nesta última semana do recesso

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Tereza Cruvinel - Na atual legislatura, dez empresas fizeram doações eleitorais para 360 deputados, segundo pesquisa do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “Isso revela uma casa atrelada a interesses econômicos”, diz ele. Amanhã, na votação dos destaques da emenda sobre o financiamento empresarial de campanhas, os partidos progressistas farão a última tentativa de derrubar a regra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tudo fez para incluir na Constituição. Concluir a reforma política e eleitoral é a questão de honra para Cunha nesta última semana do recesso.
O destaque do PC do B suprime o artigo que constitucionaliza o financiamento privado, o que exigiria a aprovação de uma nova regra. Jandira Feghali, líder do partido, acha difícil mas não impossível, visto que a emenda chegou a ser rejeitada uma vez, e aprovada numa segunda oportunidade criada por Cunha.
Outra grande batalha entre os campos progressista e conservador será travada na votação dos destaques da nova lei de regras eleitorais. Vários dispositivos serão objeto de destaque mas a esquerda centrará fogo na mudança do limite de doações privadas, fixado no texto inicial em 65% do gasto maior para cada cargo verificado na última eleição. Este nivelamento por cima permitirá a cada candidato a deputado, por exemplo, gastar mais de R$ 4 milhões. Um limite que favorece os candidatos ricos, corporativos ou representantes de grandes grupos econômicos.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247