CNI prevê melhora na atividade industrial em setembro

Sondagem da Confederação Nacional da Indústria, presidida por Robson Andrade, indica que, pela primeira vez desde abril, o setor opera sem excesso de estoques; ao mesmo tempo, o índice de satisfação com as margens de lucro aumentou de 42,2 pontos em junho para 45,7 pontos em setembro

Sondagem da Confederação Nacional da Indústria, presidida por Robson Andrade, indica que, pela primeira vez desde abril, o setor opera sem excesso de estoques; ao mesmo tempo, o índice de satisfação com as margens de lucro aumentou de 42,2 pontos em junho para 45,7 pontos em setembro
Sondagem da Confederação Nacional da Indústria, presidida por Robson Andrade, indica que, pela primeira vez desde abril, o setor opera sem excesso de estoques; ao mesmo tempo, o índice de satisfação com as margens de lucro aumentou de 42,2 pontos em junho para 45,7 pontos em setembro (Foto: Gisele Federicce)


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Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A indústria apresentou sinais positivos em suas atividades no mês de setembro, como o ajuste de estoques de produtos finais ao nível planejado, após cinco meses de excesso, a estabilidade da produção, a diminuição do nível de insatisfação dos empresários com as margens de lucro e o otimismo do setor para os próximos meses, que se manteve estável.

Dados da Sondagem Industrial de setembro, divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicam que o desempenho da indústria melhorou no mês passado. Segundo o gerente de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a melhoria "abre espaço para responder a eventuais aumentos da demanda com aumentos da produção industrial".

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Para ele, outro fator de destaque é que o problema da falta de demanda perdeu importância para as empresas industriais, caindo de 32,8% no segundo trimestre para 28,5% de menções na pesquisa do terceiro trimestre. De acordo com a Sondagem Industrial, o principal problema continua sendo a elevada carga tributária, com 61,5% de citações pelos empresários, seguido pela competição acirrada de mercado (36,4%) e custo da matéria-prima (35%).

Pela primeira vez desde abril deste ano, a indústria opera sem excesso de estoques, com um indicador de 49,8 pontos em setembro, abaixo da linha divisória de 50 pontos. A produção ficou em 50,3 pontos em setembro, mantendo-se estável, conforme a avaliação da CNI. Ao mesmo tempo, o índice de satisfação com as margens de lucro aumentou de 42,2 pontos em junho para 45,7 pontos em setembro, "o maior valor desde o quarto trimestre de 2011".

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A expectativa dos empresários da indústria quanto à demanda nos próximos seis meses continua positiva, embora menos favorável do que em meses anteriores. O índice recuou de 59,4 para 56,6 pontos, mas permanece acima da linha divisória de 50 pontos. Quanto ao crescimento das exportações, "os empresários perderam parte do otimismo", diz o documento – o índice de expectativa de evolução do volume exportado recuou de 53,5 para 51,5 pontos. Para outubro, "a expextativa ainda é de crescimento, mas menos intenso que o de setembro", diz a sondagem.

Quanto às margens de lucro, a insatisfação diminuiu no terceiro trimestre, destacam os analistas da CNI. O índice subiu de 42,2 pontos, o menor valor desde 2009, para 45,7 pontos, o maior desde o quarto trimestre de 2011, embora permaneça abaixo de 50 pontos. Houve também queda na insatisfação dos empresários com a situação das suas companhias no terceiro trimestre do ano. O índice de satisfação nesse item continua abaixo dos 50 pontos: ficou em 49,2 pontos, interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas.

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Edição: Nádia Franco

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