Brasil e Uruguai terão comércio em moedas locais
Governos do Uruguai e do Brasil assinaram um acordo que permitirá o comércio bilateral em moedas locais e substituirá as negociações em dólar entre os dois países a partir de 1º de dezembro, informou o banco central de Montevidéu; convênio foi assinado pelo presidente do Banco Central do Uruguai (BCU), Alberto Graña, e seu colega brasileiro, Alexandre Tombini, durante reunião dos chefes das autoridades monetárias da América do Sul realizada em Lima

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MONTEVIDÉU (Reuters) - Os governos do Uruguai e do Brasil assinaram um acordo que permitirá o comércio bilateral em moedas locais e substituirá as negociações em dólar entre os dois países a partir de 1º de dezembro, informou o banco central de Montevidéu.
O convênio foi assinado pelo presidente do Banco Central do Uruguai (BCU), Alberto Graña, e seu colega brasileiro, Alexandre Tombini, durante reunião dos chefes das autoridades monetárias da América do Sul realizada em Lima.
"Tanto importador como exportador pagam e cobram em suas respectivas moedas. Os bancos centrais não assumem risco de crédito significativo com sua contraparte (exceto pela margem de contingência e semanal), nem risco de crédito com as entidades financeiras", explicou o BCU em comunicado.
Para os exportadores uruguaios, o mecanismo é positivo, apesar de considerarem que levará algum tempo para que tanto os empresários locais como os importadores brasileiros se adaptem.
Se atualmente um exportador vende diretamente em reais, a brecha entre compra e venda dessa moeda no mercado local é muito ampla e ele perde dinheiro, portanto, é necessário encontrar um mecanismo para melhorar essa situação, disse à Reuters o presidente da União de Exportadores do Uruguai, Álvaro Queijo.
"Quando alguém fala de compra e venda de dólares, as pontas estão muito mais próximas, não mais de 5 por cento, mas no caso da moeda brasileira essa brecha é de mais de 10 por cento e esperamos que isso seja solucionado rapidamente", completou Queijo.
O sistema fechado por Uruguai e Brasil permitirá realizar, além das transações comerciais, o pagamento de aposentadorias e o envio de remessas.
(Por Esteban Farat)
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