Lucro do Itaú sobe e vai a R$ 5,8 bi no 4º trimestre
O Itaú Unibanco, que cedeu seu economista-chefe para comandar o Banco Central no ano em que o Brasil teve política astronômica de juros, anunciou que seu lucro atingiu R$ 5,817 bilhões no quarto trimestre de 2016, alta de 4% sobre o trimestre anterior e de 1,8% contra mesmo período do ano anterior; em termos líquidos, o lucro de outubro a dezembro somou R$ 5,543 bilhões, alta sequencial de 2,8% e queda de 2,7% na comparação ano a ano

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Aluísio Alves, Reuters - O Itaú Unibanco teve leve alta sequencial do lucro no quarto trimestre, uma vez que conseguiu compensar a queda nos empréstimos com menores despesas administrativas e com provisões para calotes, além de maiores receitas com recuperação de crédito, e melhores resultados de tesouraria.
O maior banco privado do país por ativos anunciou nesta terça-feira que seu lucro recorrente atingiu 5,817 bilhões no período, alta de 4 por cento sobre o trimestre anterior e de 1,8 por cento contra mesmo período do ano anterior.
Em termos líquidos, o lucro de outubro a dezembro somou 5,543 bilhões de reais, alta sequencial de 2,8 por cento e queda de 2,7 por cento na comparação ano a ano.
O número refletiu principalmente a provisão para perdas com calotes, líquido das recuperação de crédito, que caiu 7,8 por cento ante o trimestre anterior, a 4,82 bilhões de reais. Além de ter feito provisões menores, o banco também conseguiu maiores receitas de recuperação de créditos já baixados a prejuízo.
No fim de 2016, o índice de inadimplência acima de 90 dias era de 3,4 por cento, recuo de 0,5 ponto ante o trimestre anterior e alta de 0,2 ponto sobre o final do ano anterior. A forte queda na base sequencial refletiu em parte o efeito de uma grande empresa, que fez o índice dar um pico no trimestre anterior.
Já a despesa não decorrente de juros, que inclui pagamento de salários, caiu 3,6 por cento na base sequencial e ficou praticamente estável ano a ano, a 11,9 bilhões de reais.
Na outra ponta, as receitas de prestação de serviços subiram 2 por cento sobre o terceiro trimestre e 1,36 por cento ano a ano, para 7,98 bilhões de reais.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco voltou a registrar retração, refletindo a economia do país em recessão. No fim de 2016, o estoque de financiamentos da instituição, incluindo avais e fianças, somava 562 bilhões de reais, queda de 1 por cento em três meses e de 11,5 por cento sobre o fim de 2015.
O movimento refletiu sobretudo a queda anual de 17,3 por cento na carteira para grandes empresas e de 14,9 por cento das operações latinoamericanas, estas refletindo a queda do dólar.
No último trimestre de 2016, o banco também registrou queda de 3,9 por cento da margem financeira com clientes em relação aos três meses anteriores, refletindo principalmente um baixa contábil de 1,255 bilhão de reais.
O retorno recorrente anualizado sobre o patrimônio líquido atingiu 20,7 por cento, acima dos 19,9 por cento do trimestre anterior e menor que os 22,1 por cento de um ano antes.
PREVISÕES
Para 2017, o Itaú Unibanco previu forte queda no volume de provisões consolidadas para perdas com inadimplência, fixando uma faixa de 14,5 bilhões a 17 bilhões de reais. Em 2016, o volume total provisionado foi de 22,4 bilhões de reais.
O banco também previu para sua carteira de crédito de estabilidade a expansão de 4 por cento neste ano, mas que a margem financeira terá contração de 0,5 a 4 por cento no período, para o qual é esperada mais queda da Selic.
Para as despesas não decorrentes de juros, as chamadas despesas administrativas, a faixa de crescimento prevista pelo banco é de 1,5 a 4,5 por cento.
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