Nasce a nova agenda de Dilma: preço justo

Juros bancários, tarifas telefônicas e preço da energia elétrica: a presidente já superou o primeiro obstáculo e pretende atacar os outros dois para reduzir o Custo Brasil, não pela ótica das empresas, mas dos consumidores; começa a nascer uma bandeira de governo: o preço justo

Nasce a nova agenda de Dilma: preço justo
Nasce a nova agenda de Dilma: preço justo (Foto: Ueslei Marcelino/ REUTERS)


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247 – Os números da economia brasileira não estão entre os melhores na comparação internacional. O “pibinho” de 0,2% no primeiro trimestre deste ano colocou o Brasil em 21º lugar numa lista de 33 países. É público e notório em Brasília que, mesmo diante de um ambiente conturbado na capital federal, a presidente Dilma Rousseff tem dedicado muito mais atenção à economia do que à política. E, aos poucos, começa a ganhar forma uma marca em seu governo: a de uma mulher que se preocupa com o Custo Brasil, mas não pela ótica das empresas, e sim dos consumidores.

A primeira batalha, a dos juros, vem sendo superada. O Brasil já não tem a maior taxa do mundo e a Selic de 8,5%, fixada pelo Banco Central na última reunião do Comitê de Política Monetária, abriu espaço para um novo ciclo de competição entre os bancos. Instituições como Bradesco, Banco do Brasil, BRB e Caixa Econômica Federal anunciaram novas rodadas de cortes nas taxas.

Agora, a presidente elegeu dois novos alvos: as tarifas de telefonia e de energia elétrica. No primeiro caso, ela determinou ao ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, estudos para reduzir os impostos incidentes sobre o setor e também outras medidas para baratear as ligações, que, no Brasil, são as mais caras do mundo (leia mais aqui).

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No caso da conta de luz, a presidente também pediu estudos aos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Édison Lobão, para reduzir os 42% de impostos que incidem sobre o setor. A ideia é baratear os contas e liberar recursos no orçamento doméstico das famílias.

Durante muito tempo, a discussão sobre o chamado “Custo Brasil” foi liderada pelas empresas, que reclamavam da má infraestrutura, do excesso de impostos e da burocracia. Agora, pela ótica do consumidor, esse assunto começa a ganhar corpo no governo e reflete uma postura que Dilma Rousseff já demonstrava como ministra do governo Lula. No novo modelo do setor elétrico, os leilões tinham como premissa a oferta da energia mais barata ao consumidor. O mesmo foi feito nas concessões de estradas cuja licitação foi conduzida por ela, como no caso da Fernão Dias.

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Em busca de uma bandeira

Dilma Rousseff, até agora, não encontrou uma bandeira definitiva para o seu governo. A “faxina”, marca do primeiro ano, foi transitória. O slogan “País rico é país sem pobreza”, de certa forma, reflete apenas a continuidade de um processo de inclusão social iniciado pelo antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Planalto, agora, talvez tenha começado a enxergar um dos principais anseios do povo brasileiro, que é a noção de preço justo. Por que, afinal, o Brasil tem a telefonia mais cara do mundo? A energia mais cara do mundo? Os carros mais caros do mundo? Eis aí uma bandeira que começa a nascer.

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