Frias e Marinho alertam: todos partidos têm telhado de vidro
Editorial do jornal Valor Econômico, joint-venture entre os grupos Folha, de Otávio Frias Filho, e Globo, de João Roberto Marinho, sinaliza que não apenas o governo, mas também a oposição deve se preocupar com os efeitos da Lava Jato; "Os desdobramentos da Lava-Jato se seguem a uma campanha eleitoral radicalizada, cujos ânimos não se dissiparam depois de fechadas as urnas e contados os votos. A tentação da oposição em alvejar o Palácio do Planalto com o escândalo na Petrobras não é pequena, mas pode estar sendo contida pela ignorância dos alcances últimos das denúncias sobre os partidos. No caso de financiamento de campanha eleitoral, quase todas as legendas têm telhado de vidro", diz o texto

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247 - Editorial do jornal Valor Econômico, que pertence às famílias Frias e Marinho, publicado nesta terça afirma que "Efeitos políticos e econômicos da Lava-Jato são imprevisíveis".
Segundo o texto, todas as forças políticas brasileiras podem ser atingidas. "PT e PMDB, os dois partidos com maior bancada no Congresso - mas não só eles - estariam diretamente envolvidos como beneficiários das propinas de 3% pagas pelas maiores empreiteiras. A fila de executivos convocados a depor pela Polícia Federal ou a buscar a delação premiada deve ser facilmente suplantada em número pela dos deputados e senadores que se beneficiaram do esquema parasitário montado na Petrobras", diz o editorial.
A crise, no entanto, não se restringe à base governista. "Os desdobramentos da Lava-Jato se seguem a uma campanha eleitoral radicalizada, cujos ânimos não se dissiparam depois de fechadas as urnas e contados os votos. A tentação da oposição em alvejar o Palácio do Planalto com o escândalo na Petrobras não é pequena, mas pode estar sendo contida pela ignorância dos alcances últimos das denúncias sobre os partidos. No caso de financiamento de campanha eleitoral, quase todas as legendas têm telhado de vidro."
O texto antecipa até uma possível crise econômica. "Uma das dimensões da Lava-Jato foi desenhada pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. Se as empreiteiras acusadas forem consideradas "inidôneas", não haverá mais como realizar obras no país. O expediente que TCU e Petrobras defendem é a correção dos contratos, não sua anulação. Mas o escândalo tornou-se tão grande que alguma resposta institucional positiva terá de sair como resultado das investigação."
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