Lula usa Ratinho para levantar Haddad

Em entrevista ao apresentador Carlos Massa, Lula falava de amenidades até Ratinho perguntar: "e a Prefeitura de São Paulo?"; foi a deixa para o ex-presidente dizer que era "hora de a gente apresentar uma coisa nova"; na sequência, disse que será candidato se Dilma não quiser reeleição; sobre Gilmar Mendes, Lula preferiu não falar

Lula usa Ratinho para levantar Haddad
Lula usa Ratinho para levantar Haddad (Foto: Edição/247)


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247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu na noite desta quinta-feira 31 ao Programa do Ratinho para, segundo ele e o apresentador Carlos Massa, cumprir uma promessa feita quando ainda se recuperava do câncer na laringe no hospital. A conversa tratava de amenidades, como a amizade entre os dois, futebol e a recuperação do ex-presidente, até que Ratinho tocou na opção de Lula para a candidatura do PT em São Paulo.

"Convivi com (o ex-ministro da Educação Fernando) Haddad durante o tempo que fui presidente da República. Convivi com a Marta (Suplicy, senador e ex-prefeita da capital paulista) durante 30 anos, e ela foi uma ótima prefeita. Mas eu acha que era o momento de a gente apresentar uma coisa nova", disse Lula, e essa foi a deixa para Haddad deixar a plateia e ocupar uma cadeira ao lado da bancada onde já estavam Ratinho e Lula.

Ao lado do ex-ministro, Lula disse que Haddad é responsável pela "maior revolução que foi feita neste País" na área da educação e disse que "São Paulo precisa ter alguém cuidando dela com o entusiasmo que ele (Haddad) cuidou da educação". "O prefeito de São Paulo nasce e já começa velho. No primeiro dia de governo dá um temporal e ele já está com o água até o pescoço", disse o ex-presidente.

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Na sequência, o Programa do Ratinho mostrou um VT com detalhes sobre o Prouni (Programa Universidade para Todos). A produção ainda contou com depoimentos elogioso de Ronaldo Fenômeno e Zeca Pagodinho, "uma das figuras mais extraordinárias que eu já conheci", descreveu Lula.

Quando falou, Haddad defendeu o mote de sua campanha. "A população votará no novo, porque a população quer mudança em São Paulo. Saí do Ministério da Educação no dia em que saiu um Datafolha que indicava: se quer mudança em São Paulo. A vida melhorou da porta de casa para dentro. Comprou computador, tevê. Da porta de casa para fora, é falta de atendimento, de professor. Coisas que dependem do prefeito", disse.

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Sobre Gilmar Mendes

A última pergunta Ratinho fez demonstrando algum constrangimento: "e sobre a polêmica com o ministro Gilmar Mendes, do STF?" Lula preferiu desconversar. "Não tenho interesse de falar nesse assunto. Quem acreditou nela que vá provando a história", disse.

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'Serei candidato se Dilma não quiser'

G1 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvafez, na noite desta quinta-feira (31), sua primeira participação em um programa de TV desde o anúncio do desaparecimento do câncer na laringe. No 'Programa do Ratinho', do SBT, ele deu uma entrevista ao lado do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo,Fernando Haddad.

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Durante o tempo em que esteve no programa, Lula fez elogios ao governo e à presidente, Dilma Rousseff. "A presidente Dilma Rousseff vai estar muito forte no final do seu mandato. Ela não só irá querer, como tentará a reeleição", disse. "Eu serei cabo-eleitoral para reelegê-la. A única hipótese de eu voltar é ela não querer. Só serei candidato se ela não quiser. Eu não vou permitir que um tucano volte", afirmou.

Perguntado sobre a escolha de Haddad para a candidatura na capital paulista, Lula disse que o partido fez uma opção pelo novo. "Eu achava que era o momento de a gente apresentar uma coisa nova para o estado de São Paulo. Porque o prefeito de São Paulo, qualquer que seja ele, começa a nascer e já nasce um pouco velho", disse ele. "Veja, o Fernando Haddad, com essa cara boa, bonita... Ganha as eleições, aí no dia 1º dá um temporal em São Paulo, já está com água no pescoço", disse.

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Chamado a participar, Haddad falou sobre sua gestão à frente do Ministério da Educação e fez elogios ao governo. "A vida melhorou da porta para dentro, mas da porta pra fora não", disse. "O que o presidente pode fazer foi feito, mas não o que a prefeitura diz", afirmou.
Sobre seu tratamento, Lula disse que ainda tem dificuldade para falar e para engolir. "Hoje estou com minha garganta estourada", disse, por causa de um discurso no dia anterior, num evento em Brasília. "A garganta fica inflamada. Quando eu tomo água dói, quando eu mastigo saliva dói, quando eu como carne dói, quando eu como pão dói", disse. "Eu brinquei com o Ratinho que eu comprei esse terno quando estava no hospital, preparando para usar no caixão", afirmou.

Lula falou de seu irmão mais velho, que teve câncer na garganta. "Na semana passada ele foi considerado curado definitivamente, depois de 5 anos", disse Lula. "O tratamento não é brincadeira. É duro. Mas tem que ter dedicação e disciplina para cumprir as regras dos médicos", afirmou. Ele disse que tem acordado às 6 horas da manhã diariamente e faz fisioterapia. "Já tomei dois tombos", disse.

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Perto do fim da participação do ex-presidente, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, disse que não queria falar sobre a polêmica envolvendo um encontro entre Lula e o ministro do STF Gilmar Mendes, no qual teria sido tratado o assunto da data de julgamento do mensalão. "Não tenho interesse em falar nisso, enviei uma nota", disse Lula. "Quem inventou a história que prove".

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