Chávez entra em rede nacional e tira opositor do ar

Candidato único da oposição venezuelana à Presidência, Henrique Capriles, criticou o presidente Chávez por ter interrompido a transmissão de um evento seu, que foi substituído por um pronunciamento presidencial em rede nacional de rádio e TV

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Por Eyanir Chinea e Diego Oré

CARACAS, 17 Set (Reuters) - O candidato único da oposição venezuelana à Presidência, Henrique Capriles, criticou na segunda-feira o presidente Hugo Chávez por ter interrompido a transmissão de um evento seu, que foi substituído por um pronunciamento presidencial em rede nacional de rádio e TV.

Capriles apresentava um plano de descentralização a governadores e prefeitos oposicionistas quando o governo determinou que as emissoras entrassem em rede para transmitir uma fala de Chávez na inauguração do ano letivo.

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Desde o início da campanha, Capriles tem acusado Chávez de cometer "abuso de poder" com a máquina pública. Mas o presidente, um militar da reserva que está no poder desde 1999 e pleiteia mais um mandato em 7 de outubro, alega que suas mensagens são relevantes para todos os venezuelanos, e por isso precisam ser transmitidas em rede.

Ao saber que a transmissão do seu evento tinha sido interrompida, Capriles manifestou insatisfação, e a plateia se alvoroçou. "Cadeia de rádio e TV para a lorota continuar caindo em cima dos venezuelanos a 20 dias da eleição", disse Capriles depois pelo Twitter.

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A transmissão de Chávez durou mais de duas horas, período em que ele entrou em contato com escolas que estavam sendo inauguradas e se confraternizou com crianças que agradeceram pela escola e pelos materiais entregues - inclusive computadores.

Segundo o boletim "Alerta Eleitoral", criado por organizações sociais venezuelanas, Chávez já acumula mais de 70 horas em rede nacional desde o início da campanha, em 1o de julho.

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Tibisay Lucena, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, disse que esse órgão não pode regulamentar as redes nacionais convocadas pelo governo.

O socialista Chávez lidera as intenções de voto com margem superior a 10 pontos percentuais na maioria das pesquisas, embora um instituto tenha na semana passada apontado empate técnico, com ligeira vantagem numérica de Capriles.

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Elevando o tom da campanha, Capriles intensificou suas críticas à "revolução socialista" que Chávez diz implementar. "Minha revolução é que você tenha água, luz, emprego. Essa é a minha revolução", disse o jovem governador, que no começo da campanha prometeu tirar o R de "revolução", levando o país à "evolução".

Ele também ironizou Chávez por prometer contribuir para a preservação da vida no planeta em seu eventual futuro mandato. "Tantos problemas que vemos na nossa Venezuela, vocês imaginem que eu chegue como presidente e lhes diga para esquecerem da água, da luz do emprego. Não isso não é importante. Aqui o importante é a paz do planeta, é salvar a espécie humana", afirmou.

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(Reportagem adicional de Mario Naranjo)

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