Azeredo pagou parte da campanha de FHC em 1998
Réu no STF como protagonista do mensalão mineiro, ex-governador Eduardo Azeredo já declarou, em entrevista à Folha, que ajudou a arcar com despesas da campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso no mesmo ano; relembre

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Minas 247 – Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) como personagem principal do chamado "mensalão mineiro", o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, já declarou que o dinheiro arrecadado para sua campanha (foram gastos R$ 8,5 milhões no total) para o governo do Estado, em 1998, foi usado para campanhas de Fernando Henrique Cardoso à presidência, além de deputados e senadores de sua coligação. A revelação foi publicada pelo jornal em setembro de 2007. "Ele não foi a Minas, mas tinha comitês bancados pela minha campanha", disse Azeredo, sobre FHC.
Leia abaixo trechos da entrevista, concedida à repórter Andreza Matais:
Folha – 26/09/2007
FOLHA - A Polícia Federal diz que houve caixa dois na sua campanha...
EDUARDO AZEREDO - Tivemos problemas na prestação de contas da campanha, que não era minha só, mas de partidos coligados, que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República.
FOLHA - Que "problemas"?
AZEREDO - Essas prestações de contas no passado eram mais uma formalidade, é hipocrisia negar isso, não existia rigor. O que se conclui é que no caso de Minas, a minha [prestação] foi a mais alta naquele ano, foi ela que se aproximou mais da realidade. E se concluiu que houve recursos a mais que não chegaram a ser formalizados.
FOLHA - O dinheiro da sua campanha financiou a de FHC em Minas?
AZEREDO - Sim, parte dos custos foram bancados pela minha campanha. Fernando Henrique não foi a Minas na campanha por causa do Itamar Franco, que era meu adversário, mas tinha comitês bancados pela minha campanha.
FOLHA - Por que o senhor acha que esse assunto voltou à tona agora?
AZEREDO - O PT colocou esse assunto no seu congresso porque não está satisfeito com a presença de um ministro [Walfrido] que não seja do seu partido e como compensação para o desgaste que o partido sofreu pela aceitação do STF de abertura do processo do mensalão.
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