Roubo no Vaticano: gestores do banco têm contas congeladas

O principal promotor do Vaticano congelou 16 milhões de euros em contas bancárias de dois ex-administradores do Banco do Vaticano e de um advogado como parte de uma investigação sobre a venda de imóveis do Vaticano nos anos 2000, de acordo com a ordem de congelamento e outros documentos

O principal promotor do Vaticano congelou 16 milhões de euros em contas bancárias de dois ex-administradores do Banco do Vaticano e de um advogado como parte de uma investigação sobre a venda de imóveis do Vaticano nos anos 2000, de acordo com a ordem de congelamento e outros documentos
O principal promotor do Vaticano congelou 16 milhões de euros em contas bancárias de dois ex-administradores do Banco do Vaticano e de um advogado como parte de uma investigação sobre a venda de imóveis do Vaticano nos anos 2000, de acordo com a ordem de congelamento e outros documentos (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O principal promotor do Vaticano congelou 16 milhões de euros em contas bancárias de dois ex-administradores do Banco do Vaticano e de um advogado como parte de uma investigação sobre a venda de imóveis do Vaticano nos anos 2000, de acordo com a ordem de congelamento e outros documentos.

O promotor Gian Piero Milano disse ter suspeitas de que o ex-presidente do banco Angelo Caloia, o ex-diretor geral Lelio Scaletti, e o advogado Gabriele Liuzzo desviaram dinheiro da venda de 29 prédios vendidos pelo Banco do Vaticano entre 2001 e 2008, segundo cópia da ordem de congelamento vista pela Reuters.

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O dinheiro nas contas dos três homens é de "desvios em que eles estiveram envolvidos", disse Milano. 

A investigação de Milano segue auditoria do Banco do Vaticano por consultores financeiros externos, encomendada no ano passado pela atual administração do banco. O Banco do Vaticano também abriu uma reclamação legal contra os três homens mais cedo neste ano. Eles não foram processados.

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O porta-voz do Vaticano emitiu um comunicado neste sábado confirmando o congelamento, mas não citou nomes, entre outros detalhes.

O Banco do Vaticano disse em um comunicado separado que tinha aberto acusações contra os três como parte do seu "compromisso com a transparência e tolerância zero, inclusive com assuntos de um passado mais distante". O comunicado do banco também não deu detalhes, "citando um inquérito judicial em andamento".

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A investigação faz parte de uma tentativa de melhorar a transparência da administração do Vaticano e de suas finanças, um processo que foi acelerado pelo Papa Francisco. O pontífice argentino foi eleito em 2013 com um mandato para tornar a Igreja Católica Romana mais responsável, sob o ponto de vista de prestação de contas, para seus 1,2 bilhão de fiéis.

Liuzzo, de 91 anos, confirmou em uma entrevista por telefone que suas contas bancárias foram congeladas. Ele disse que as alegações do promotor eram "um lixo" e que todo o dinheiro da venda de prédios foi para o banco.

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Caloia, de 75 anos, não respondeu às questões enviadas por e-mail e às tentativas de contato por telefone.

Scaletti, de 88 anos, não respondeu às mensagens deixadas em sua casa. 

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O período referente à venda das propriedades cobre sete anos e dois papados, quando a administração do Vaticano geralmente acontecia sem supervisão.

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