Parlamento da Grécia aceita medidas fiscais exigidas por credores
O Parlamento da Grécia chegou a um resultado sobre as medidas de austeridade, com o "sim" superando a marca dos 151 votos; o resultado final foi: 229 "sim", 64 "não" e 6 abstenções; após horas de falas dos deputados, a votação teve início pouco antes das 20h (horário de Brasília), ou 2 da manhã na hora local; a surpresa era visível em boa parte da equipe do primeiro-ministro Alexis Tsipras quando alguns parlamentares que se esperava um voto negativo votaram à favor das medidas; ministros das Finanças da zona do Euro devem assinar o empréstimo de curto prazo para cobrir as necessidades imediatas da Grécia nesta quinta (16)

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SÃO PAULO - Esperava-se que a votação fosse terminar antes da meia-noite, mas foi apenas após as 2 da manhã na hora de Atenas que o Parlamento da Grécia chegou a um resultado sobre as medidas de austeridade, com o "sim" superando a marca dos 151 votos. O resultado final foi: 229 "sim", 64 "não" e 6 abstenções.
Após horas de falas dos deputados, a votação teve início pouco antes das 20h (horário de Brasília), ou 2 da manhã na hora local. A surpresa era visível em boa parte da equipe do primeiro-ministro Alexis Tsipras quando alguns parlamentares que se esperava um voto negativo votaram à favor das medidas.
Nesta quinta-feira às 11h (horário de Atenas) terá início a reunião dos ministros das Finanças da zona do Euro, que com esse resultado, devem assinar o empréstimo de curto prazo para cobrir as necessidades imediatas da Grécia.
Entre as exigências que foram aprovadas, a Grécia aceitou ajustar o imposto ao consumidor e ampliar a base de contribuintes para aumentar a arrecadação do estado; fazer reformas múltiplas no sistema de aposentadorias e pensões para torná-lo financeiramente viável; privatizar o setor elétrico, a menos que se encontre medidas alternativas com o mesmo efeito; e Criar leis até que assegurem "cortes de gastos quase automáticos" se o governo não cumprir com suas metas de superávit fiscal. Ao todo, são 14 exigências.
O novo pacote coloca a Grécia em um caminho bastante complicado já que não conta com nenhum perdão das atuais dívidas. Além disso, a proposta impõe medidas de "aperto" econômico que não apenas o governo grego tinha prometido não adotar, mas que também foram recusadas por 61% dos gregos em um plebiscito realizado há duas semanas.
Mais cedo, durante seu discurso no Parlamento, Tsipras disse que tinha três opções na negociação com os credores: aceitar o acordo atual, uma quebra desordenada do país ou sua saída da zona do euro. O primeiro-ministro ainda disse que não acredita no acordo firmado hoje, mas assegurou que o governo "se vê obrigado a colocá-lo em prática".
Confusão antes da votação
Mais cedo, enquanto os parlamentares discursavam, manifestantes gregos entraram em confronto com a política. Relatos da imprensa no local afirmam que explosões ocorreram com o uso de coquetéis Molotov por parte dos manifestantes, enquanto a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", muitas pessoas estavam agrupadas, com crianças perguntando por que a garganta arde e os comerciantes lamentando o fato de não poderem trabalhar por causa da confusão causada pelo choque durante as manifestações contra a austeridade.
Ainda de acordo com o jornal, manifestantes, incluindo jovens e idosos, carregaram mensagens pelas ruas. Melina Kotaki, de 71 anos, exibiu um cartaz afirmando que a chanceler alemã Angela Merkel e o ministro de Finanças Wolfgang Schäuble jamais hastearão a bandeira nazista sobre a Acrópole novamente.
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