Corte contesta presidente egípcio e agrava crise no país
Justiça reiterou nesta segunda-feira que mantém a decisão de dissolver o Parlamento, rejeitando o decreto emitido por Mohamed Mursi

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247 com agências internacionais - o Egito já vive uma crise política pouco mais de uma semana depois da posse do novo presidente. A Suprema Corte do país rejeitou, nesta segunda-feira (9), a ordem de Mohamed Mursi para restituir o parlamento.
No domingo, Mursi decretou a restauração do parlamento; um claro desafio à Junta Militar, que antes da eleição presidencial mandou tropas para fechar o Legislativo, com base em uma decisão da Suprema Corte, que tinha considerado ilegal a eleição parlamentar.
Quase 500 deputados ficaram sem mandato.
Na visão de Jon Leyne, analista da BBC no Cairo, a posição da Suprema Corte representa muito mais um desdobramento da tentativa do país de se ajustar a uma nova configuração de poder do que o início de um confronto aberto.
O especialista relembra que, semanas atrás, a Suprema Corte apenas julgou que parte das eleições parlamentares, vencidas pela Irmandade Muçulmana (partido de Mursi), era inconstitucional. A decisão de dissolver totalmente o Parlamento foi do Conselho Supremo das Forças Armadas.
Em um comunicado, o tribunal deixou claro que "não é uma parte interessada em nenhum confronto político".
Logo, o impasse seria muito mais focado entre uma tentativa dos militares, aliados a setores seculares, de esvaziar o governo, composto por setores religiosos, do que um embate direto entre o novo líder do Executivo e a mais alta corte egípcia.
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