Venezuela no Mercosul vai gerar 240 mil empregos

Previsão é do presidente venezuelano Hugo Chávez, que chega a Brasília no início da noite desta segunda-feira para atender à cerimônia integração oficial da Venezuela no bloco, marcada para amanhã

Venezuela no Mercosul vai gerar 240 mil empregos
Venezuela no Mercosul vai gerar 240 mil empregos (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)


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Agência Brasil – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já está a caminho de Brasília. Antes de deixar Caracas, no começo da tarde de hoje (30), ele concedeu uma longa entrevista coletiva. Chávez disse que a incorporação da Venezuela ao Mecosul coloca o país na "perspectiva histórica exata".

Entusiasmado com a oficialização amanhã (31), em Brasília, do ingresso da Venezuela no bloco, Chávez disse que a incorporação vai gerar 240 mil empregos. Segundo ele, até dezembro será criado um fundo de US$ 500 milhões para conceder empréstimos a empresas públicas e privadas venezuelanas, o que estimulará a produção.

No aeroporto de Caracas, o presidente convidou os empresários venezuelanos para participar da comissão presidencial para entrada do país no Mercosul. O grupo é formado pelos ministros Nicolás Maduro, das Relações Exteriores, Rafael Ramirez, do Petróleo e Mineração, Ricardo Melendez, das Indústrias, Jorge Arreaza, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Edmée Betancourt, do Comércio.

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Para Chávez, o Mercosul é a oportunidade para os pequenos e médios produtores exportarem para os países da região. "O Mercado Comum do Sul é bom para a classe média, agricultores, camponeses e trabalhadores em geral, porque os produtos locais podem ser exportados para os países do bloco", ressaltou.

Criado em 1991, o Mercosul tem o objetivo de reforçar a integração regional e promover parcerias entre o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai (suspenso até abril 2013). No Mercosul, o Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia são países associados. O México e a Nova Zelândia são observadores.

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Reunião

A presidenta Dilma Rousseff se reúne com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na noite de hoje (30). Chávez chega à Base Aérea de Brasília por volta das 18h e, em seguida, vai ao encontro com Dilma. Não está confirmado se eles jantarão juntos, no Palácio da Alvorada. A previsão é que os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Pepe Mujica, cheguem também nesta noite.

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Chávez se reúne com Dilma horas antes de ser oficializada a incorporação da Venezuela ao Mercosul, bloco formado por Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai (suspenso até abril de 2013). A solenidade que marca o ingresso dos venezuelanos no bloco está marcada para amanhã (31), em Brasília.

Por seis anos, foi negociada a entrada da Venezuela no Mercosul. A decisão foi tomada em junho quando os presidentes Dilma, Cristina e Mujica anunciaram a incorporação dos venezuelanos e a suspensão do Paraguai do bloco de forma temporária. O Paraguai foi suspenso porque os presidentes concluíram que o processo de destituição do poder do então chefe de Estado paraguaio Fernando Lugo não seguiu os preceitos democráticos.

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Fundado em 1991, o Mercosul gerou aumento no intercâmbio comercial da região. Em 1990, o intercâmbio entre os membros do bloco era US$ 4,1 bilhões. Já em 2011, o fluxo cambial atingiu US$ 104,9 bilhões.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informa que o desafio é superar as diferenças regionais por meio de um fundo próprio. “A superação das assimetrias entre os países do grupo é o objetivo do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que investe US$ 100 milhões anuais em projetos que aumentem a competitividade e a coesão social do bloco.”
 
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), registrando um Produto Interno Bruto (PIB) a valores correntes de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).

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