Santana autoriza quebra de sigilo de conta na Suíça
Publicitário João Santana assinou autorização para que os investigadores da Operação Lava Jato obtenham informações sobre uma conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça; segundo a Polícia Federal, nesta conta foram depositados US$ 7,5 milhões por offshores cujo controle é atribuído à Odebrecht e pelo lobista Zwi Skornicki; em depoimentos prestados à PF, João Santana e a esposa e sócia, Mônica Moura, afirmam que as transferências se referem a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior; defesa deles nega que os pagamentos tenham ligação com a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014

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Paraná 247 - O jornalista e publicitário João Santana autorizou por escrito permissão para que os investigadores da Operação Lava Jato obtenham informações sobre uma conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça.
"Ele e a Mônica [Moura, mulher do publicitário] não guardavam extratos da conta, mas autorizaram que os investigadores tenham acesso a ela. Não é razoável que um investigado consiga um extrato na Suíça quando está preso", disse o advogado Fabio Tofic nesta quinta-feira, 25, à Folha.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, na conta desta offshore Shelbill foram depositados US$ 7,5 milhões por offshores cujo controle é atribuído à Odebrecht (US$ 3 milhões) e pelo lobista Zwi Skornicki (US$ 4,5 milhões).
Em depoimentos prestados à Polícia Federal, João Santana e a esposa e sócia, Mônica Moura, afirmam que as transferências se referem a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior. A defesa deles nega que os pagamentos tenham ligação com a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.
Pouco depois do depoimento de João Santana, a defesa protocolou um pedido de revogação da prisão temporária dele e da mulher. Fabio Tofic argumentou que o casal voltou espontaneamente da República Dominicana para o Brasil, após a ordem de prisão temporária do juiz Sérgio Moro.
"Eles são empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada", afirma a petição.
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