FBC já tem apoio de tucano
Embora a aliança entre PSB e PSDB em Pernambuco não esteja oficializada com vistas para a eleição estadual de 2014, uma das principais lideranças tucanas no estado já tomou posição favorável a uma possível candidatura do ex-ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho (PSB); segundo o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, FBC tem preparo para ocupar qualquer cargo público no País; "Eu vejo com muito desejo que o seu nome possa ser indicado para disputar o governo do Estado", declarou Elias

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Pernambuco 247 – Embora a aliança entre PSB e PSDB em Pernambuco não esteja oficializada com vistas para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas em 2014, uma das principais lideranças tucanas no estado já tomou posição favorável a uma possível candidatura do ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB). Nesta sexta-feira (6), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, afirmou que FBC é um político preparado para ocupar qualquer cargo público no País. Por sua vez, o ministro, que antes defendia o governo Dilma, adota um discurso mais neutro visando à eleição estadual do próximo ano.
"Sei que o seu partido ainda está discutindo (a sucessão), mas quero dizer que, independente de partidos, eu vejo com muito desejo que o seu nome possa ser indicado para disputar o governo do Estado", declarou Elias, gestor da segunda maior cidade de Pernambuco em termos de população.
Durante evento realizado no bairro de Piedade, o prefeito de Jaboatão procurou exaltar a gestão de FBC quando o socialista era ministro da Integração. O tucano lembrar que, ao assumir o ministério, FBC telefonou para o gestor marcando uma reunião de trabalho.
"Foi daí que nasceram as obras de encostas dos morros, que ajudaram a proteger centenas de vidas; e o projeto de engorda das praias de Jaboatão, uma ação que é hoje referência nacional. O ministro foi um parceiro fundamental nestas duas iniciativas que estão beneficiando milhares de pernambucanos", afirmou Elias Gomes.
Quanto ao posicionamento de FBC, chama a atenção a construção do seu discurso após a presidente Dilma Rousseff (PT) ter desbancado o PSB do governo federal, tendo em vista a candidatura à Presidência da República por parte do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que, até setembro, ainda era aliado oficial dos petistas tanto em nível nacional como estadual.
Depois de o prefeito Elias Gomes ter enaltecido a parceira com o ministro, FBC, que, até o PT não desbancar o PSB do governo Dilma, defendia a gestão petista frente ao Palácio do Planalto e exaltava a parceria entre PT e PSB, disse que as obras "são do povo". "Não cabe mais a discussão sobre paternidade desta ou daquela obra. As obras são de todos, são dos pernambucanos", complementou.
Ex-prefeito de Petrolina, principal economia no Sertão pernambucano, FBC nunca escondeu a sua vontade de ser governador do estado. Mesmo com o fato de o PSB estar mais preocupado com o cenário nacional, por conta do projeto presidencial de Campos, vários nomes estão cotados pela cúpula socialista para disputar o Palácio do Campo das Princesas. Dentre eles estão os secretários estaduais Tadeu Alencar (Casa Civil), Paulo Câmara (Fazenda), o vice-governador João Lyra, além do próprio ministro.
Após o término do evento, FBC confirmou a sua pretensão em disputar o pleito estadual. "Nunca escondi a vontade de disputar o governo do meu Estado. Fico feliz com a solidariedade e a demonstração de apoio de um líder político tão importante quanto Elias Gomes, eleito e reeleito prefeito de Jaboatão", disse.
O apoio de Elias ao projeto de FBC não causa estranhamento na medida em que tucanos e socialistas estreitaram os laços com Eduardo Campos sob o comando do Executivo estadual. Dentro da cúpula tucana, fala-se em lançar o deputado estadual Daniel Coelho como candidato a governador. Enquanto o deputado federal Sérgio Guerra (PE) já admitiu a possibilidade de o PSDB se aliar com o PSB, Coelho, que foi candidato a prefeito do Recife, com 245.120 votos, ficando em segundo lugar, é líder da oposição ao governo Eduardo Campos.
O rumo do PSDB em nível estadual é uma incógnita, mas, pelo andar da carruagem, parece cada vez mais remota nos holofotes tucanos a possibilidade de a legenda enfrentar o candidato indicado por Campos, que chega a 90% da popularidade, segundo algumas pesquisas, mais outro provável palanque, com o PTB do senador Armando Monteiro e o PT.
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