Grandes obras podem parar com a greve da PRF

Policiais rodoviários federais não estão autorizando, em Pernambuco, o deslocamento de veículos transportadores de cargas para intervenções como a Arena da Copa, em São Lourenço da Mata (Grande Recife), e para outras do PAC

Grandes obras podem parar com a greve da PRF
Grandes obras podem parar com a greve da PRF (Foto: Nelson Antoine/Folhapress)


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Leonardo Lucena_PE247 – Em todo o País, vários movimentos grevistas seguem por tempo indeterminado. Em Pernambuco, não é diferente. No Estado, a Polícia da Rodoviária Federal (PRF-PE) e os Servidores Públicos Federais da Saúde são apenas dois dentre outros movimentos que paralisaram as atividades em busca de recomposição salarial e melhores condições de trabalho. Porém, a maior queixa é em relação à forma de tratamento que Governo Federal dá às categorias. Com as paralisações, alguns serviços de extrema importância continuam comprometidos.

O presidente do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal (Sinprf-PE), Paulo Arcoverde, afirma que não haverá autorização para veículos transportadores de cargas para obras, como Arena da Copa e outras pertencentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em alguns, os mesmo necessitam de escolta, outro serviço que não será prestado pelos policiais.

“Também não vamos emitir vistos em casos de acidentes, tanto para as vítimas como para as seguradoras, além da fiscalização de drogas ilícitas”, acrescenta Arcoverde. “Só vamos atender em situações emergenciais”, declara.

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Segundo o dirigente, não há um percentual definido para o reajuste salarial até o momento. Além disso, para o sindicalista, a classe precisa de novas instalações físicas, com estruturas modernas, mais a ampliação do efetivo de policias nos 2.000 quilômetros quadrados das de rodovias federais no Estado.

“Há dois anos que estamos tentando negociar e o governo não dá resposta alguma. Só faz marcar e desmarcar reunião”, critica Arcoverde. A categoria conta com um efetivo de 420 funcionários, dos quais 100 são da parte administrativa. O dirigente informa que dos 320 restantes, apenas 65% estão em atividade.

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Outra categoria que também está em greve no Estado são os servidores públicos federais do Ministério da Saúde. De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev-PE), José Bonifácio do Monte, apenas os serviços emergenciais, como cirurgias, serão mantidos. No caso dos trabalhos ambulatoriais, apenas 30% do efetivo não paralisaram as atividades.

“Essa semana será para a tentativa de um acordo em Brasília para tentarmos chegar a um consenso. Estamos há dois anos sem reposição salarial e não temos resposta alguma do Ministério do Planejamento”, diz Bonifácio. “O governo marcou reunião para o dia 31 de julho, desmarcou e não temos data definida para o encontro”, conta.

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A categoria pede aumento salarial de 45%, melhores condições de trabalho e revisão quanto às gratificações. Os servidores atuam em grandes hospitais como Agamenon Magalhães, Getúlio Vargas e Barão de Lucena. “Precisamos aumentar o efetivo através de concurso público e melhorar a infraestrutura. Viajo amanhã (14) a Brasília para retomarmos as negociações”, completa o sindicalista.

Nesta terça-feira, haverá uma assembleia às 19h com os policiais das rodovias federais, na sede do sindicato, bairro de Jardim São Paulo, Recife. Já com relação aos servidores da saúde, não há previsão de assembleia por enquanto.

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