Petista questiona “autoridade moral” de Gurgel
Deputado Fernando Ferro discursou na Câmara contra a aprovação da PEC 37, que reduz os poderes de investigação do Ministério Público, mas afirmou que o procurador-geral da República "não tem mais autoridade moral para vir a esta Casa" pedir mobilização; parlamentar citou, contra Gurgel, "postura em defesa do Carlos Cachoeira" e "gravíssimas denúncias" do deputado Protógenes Queiroz

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247 – O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) questionou, em discurso nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, a "autoridade moral" do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em pedir apoio aos parlamentares contra a aprovação da PEC 37. Apesar de se mostrar contra a proposta, que diminui os poderes de investigação do Ministério Público, Ferro que a ação de Gurgel "termina prejudicando" a matéria.
Contra a "moral" do chefe da PGR, o parlamentar citou a "postura" em relação ao contraventor Carlos Cachoeira e as recentes denúncias apresentadas pelo deputado Protógenes Queiroz, que afirmou que a subprocuradora Cláudia Sampaio, esposa de Gurgel, recebeu R$ 280 do banqueiro Daniel Dantas como propina para que o empresário do Banco Opportunity não fosse investigado (leia mais).
"Ele não tem mais autoridade moral para vir a esta Casa pedir defesa e mobilização dos Parlamentares contra essa PEC pela sua postura em defesa do Carlos Cachoeira, pelas gravíssimas denúncias que aqui foram trazidas pelo Deputado Delegado Protógenes sobre a relação da esposa dele com o Daniel Dantas", declarou Fernando Ferro. O deputado sugeriu ao MP que busque "outras maneiras de defender as suas prerrogativas que estão sendo ameaçadas pela PEC 37".
Ferro disse ainda que as "ações desastradas recentes" do procurador "terminaram contribuindo para criar na Casa um clima contrário a suas pretensões". Segundo ele, Gurgel deve "se afastar" do debate para que seja "parceiro por omissão", uma forma, segundo ele, de "contribuir melhor". "Ele não tem hoje autoridade política e moral para defender o Ministério Público, está no final da carreira e é uma pessoa que atuou de maneira seletiva para defender e omisso em relação a Carlos Cachoeira. Em outros crimes também foi omisso", atacou.
Sobre a PEC, Fernando Ferro afirmou que não é a favor de "reduzir o processo investigatório". Segundo ele, "os inquéritos com a participação do Ministério Público dão mais segurança ao processo de investigação".
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