Serra, mal chegou, e já virou alvo preferencial
Ex-deputado do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh prev baixaria total com o ex-governador, caso ele seja oficializado como candidato tucano; nas redes, perfis de militantes alimentam tenses; ser que a campanha eleitoral na capital paulista vai virar confronto de egos polticos?

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Diego Iraheta _247 - Foi só José Serra tuitar que quer ser prefeito de São Paulo para a saraivada de críticas começar. E não são apenas as queixas dos militantes tucanos, muitos dos quais incomodados com a enrolação do ex-governador de São Paulo para decidir seu futuro político. Enquanto a confusão das prévias do PSDB paulista não se resolve, petistas de carteirinha já aproveitam para esculhambar o pré-candidatíssimo a prefeito de São Paulo.
O ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh chacoalhou nesta segunda-feira, 27, seus 1,5 mil seguidores e gerou burburinho. “A presença de José Serra na campanha eleitoral paulistana nos dá a certeza de: a) baixaria total; b) as trevas voltarão; c) mas ele perderá!”, tuitou. A que baixarias ele estará se referindo?
Opositores contumazes denunciam que, durante campanha eleitoral, Serra trabalha com dossiês e criação de fluxos de informação de ética bastante duvidosa. Sua missão seria, é claro, derrubar os adversários. O próprio livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., surgiu a partir de investigação sobre uma suposta central de espionagem, articulada por Serra, para descobrir podres de Aécio Neves, seu maior rival na disputa interna do PSDB para concorrer à Presidência em 2010.
Por isso, a artilharia do PT contra um dos nomes mais fortes à Prefeitura de São Paulo parece preventiva. “São Paulo NÃO pode permitir um roteiro antigo e deplorável: Serra quer a prefeitura, depois o governo do Estado, depois a presidência. Não!”, postou também Greenhalgh. Ele foi imediatamente retuitado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Perfis de militantes anônimos como "Mensalão" também amplificam a mensagem. Esse avatar, aliás, traz como sua descrição “sistema de financiamento de campanhas eleitorais através de Caixa 2 inventado pelos tucanos com grana da privataria e da corrupção”. É uma resposta à dureza da oposição em condenar o mensalão do PT, articulado pelo publicitário Marcos Valério e pago a parlamentares no primeiro mandato de Lula.
É Privataria Tucana, Mensalão do PT, dossiê daqui, baixaria dali. Isso é passado. É claro que todos devem prestar contas de seus desmandos e desvios. Sempre! Não é à toa que o Supremo Tribunal Federal vai julgar o processo do mensalão neste ano. E o Congresso se mexe para instalar a CPI da Privataria.
Agora, na campanha eleitoral de São Paulo, o que o eleitor espera é um debate sobre as soluções para seus transtornos diários. Será que os projetos para a cidade estarão no centro de debate dos candidatos?
Ou vai ser mesmo o tal show de baixarias de todos os lados, ataques daqui e dali, independentemente do partido?
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