Ayres Britto, o homem que julgará o mensalão

Ministro foi eleito esta tarde presidente do Supremo Tribunal Federal, no lugar de Cezar Peluso; caber a ele fazer o julgamento dos 38 rus do esquema ocorrido em 2005, provavelmente ainda neste semestre

Ayres Britto, o homem que julgará o mensalão
Ayres Britto, o homem que julgará o mensalão (Foto: Divulgação)


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Fernando Porfírio _247 - O sergipano Ayres Britto vai comandar o julgamento do processo mais emblemático e complexo que já chegou à corte suprema do país: o caso do mensalão. A ação envolve 38 réus, incluindo políticos influentes no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o ex-ministro José Dirceu. Eles são acusados de envolvimento num esquema de compra de votos de parlamentares em troca de apoio político ao governo. De acordo com a denúncia, o esquema teria sido arquitetado durante a eleição de 2002 e passou a ser executado em 2003.

O ministro presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2010, quando defendeu a validade da Lei da Ficha Limpa. Coube a Ayres Britto a condução de outros julgamentos polêmicos como o que acabou por liberar o uso de células tronco embrionárias para fins terapêuticos, a legalização da união homossexual e a demarcação da área indígena Raposa Serra do sol, em Roraima.

Ayres Britto é conhecido pelo temperamento sereno em momentos de grandes tensões no Supremo Tribunal Federal. Durante debates acalorados funciona como bombeiro apaziguando os conflitos. Poeta e amante das letras, o ministro é um homem de perfil humanista, mas não deixa barato quando o assunto envolve desvios de administradores públicos. “Há quem chegue às maiores alturas para fazer as maiores baixezas”, afirmou ao declarar voto para manter a prisão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto arruda.

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Ayres Britto chegou ao Supremo em junho de 2003. Eleito hoje para o comando do STF, não vai cumprir o mandato porque chega aos 70 anos em novembro, data limite para os servidores permanecerem no serviço público. Se os problemas de saúde deixar, o ministro Joaquim Barbosa vai sucedê-lo no cargo.

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