Toffoli, um ministro emparedado no STF

Na imprensa, o julgamento do Mensalo j comeou. E o primeiro passo levantar a suspeio do ministro Jos Antnio Dias Toffoli; no fim de semana, foi a Veja; nesta tera, a Folha, que sugere a necessidade do seu impedimento

Toffoli, um ministro emparedado no STF
Toffoli, um ministro emparedado no STF (Foto: Jose Cruz/Agencia Brasil)


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247 – Ainda não se sabe se o julgamento do século no Brasil, sobre o escândalo do Mensalão, ocorrerá antes ou depois das eleições municipais de 2012. O ministro relator do processo no Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, defendia que a votação ocorresse em maio deste ano. A ministra Carmem Lúcia, que presidirá as eleições, no Tribunal Superior Eleitoral, tem defendido, junto a interlocutores próximos, que o caso fique para 2013. Apesar desse dilema no STF, o fato é que, na imprensa, o julgamento já começou. E o primeiro ato é o emparedamento do ministro José Antônio Dias Toffoli, que já foi criminalista do PT, advogado-geral da União e chegou à mais alta corte do País pelas mãos do ex-presidente Lula.

No fim de semana, a revista Veja o colocou sob suspeição, ao noticiar que sua ex-sócia Roberta Rangel defendeu três réus no processo: o ex-ministro José Dirceu e os ex-deputados Professor Luizinho e Paulo Rocha. Nesta terça-feira, é a Folha de S. Paulo quem destaca, na manchete da página A6, que “Ministro do STF atuou em ação de ex-cliente”. Ou seja, ele não teria ficado atento ao conflito de interesses, numa ação relacionada ao ex-deputado José Abelardo Camarinha. Num dos parágrafos, a Folha reforça a suspeição que tem em relação ao ministro: “Os dois casos reforçam as suspeitas sobre como Toffoli agirá na ação penal do mensalão: se alegará impedimento, como fez no processo de Lula, ou se não se sentirá suspeito, como fez em relação às ações contra Camarinha”.

Dos 11 ministros do Supremo, contam-se, na bolsa de apostas, como votos contrários aos mensaleiros os de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Cesar Peluso, Marco Aurélio Mello. Mais brandos seriam Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Carmem Lúcia e Ayres Brito. Quatro a quatro. A novata Rosa Weber, que pediu o auxílio do linha-dura Sergio Moro, e o decano Celso de Mello, extremamente legalista, ainda são incógnitas. Nesse jogo, portanto, o voto (ou não) de Dias Toffoli pode ser decisivo.

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E, contra ele, paira ainda outra ameaça. A de que a lobista Cristiane Araújo, com quem o ministro teria mantido um relacionamento especial, divulgue fitas sobre seus supostos encontros.

Dias Toffoli é hoje um ministro emparedado no STF, e que já vem sendo julgado, antes mesmo dos mensaleiros.

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