Pró-Alckmin, coordenador da campanha de Serra quer deixar o cargo
Possível demissão de Edson Aparecido sinaliza insatisfação dos alckmistas com a estratégia eleitoral adotada pelo tucano e com as concessões ao PSD do prefeito Gilberto Kassab

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247 – O coordenador da campanha de José Serra pode deixar o cargo. A saída de Edson Aparecido sinaliza insatisfação dos alckmistas com a estratégia eleitoral adotada pelo tucano em São Paulo. Leia na matéria da Folha:
Desde a última semana, o coordenador-geral da campanha de José Serra (PSDB) em São Paulo, Edson Aparecido, estuda deixar o posto.
Secretário licenciado de Desenvolvimento Metropolitano, Aparecido é considerado o homem do governador Geraldo Alckmin na eleição paulistana, e sua saída explicitaria a insatisfação dos alckmistas com a estratégia eleitoral adotada por Serra.
Serra exigiu que o PSDB fizesse uma série de concessões ao PSD do prefeito Gilberto Kassab. Aparecido costurou a maioria dessas concessões, que desagradavam muito seus aliados.
Ele articulou a operação que adiou as prévias do PSDB para o dia 25 de março, o que permitiu a entrada do ex-governador na disputa.
Aparecido também conseguiu, por exigência de Serra, que o PSDB desistisse do processo que movia na Justiça Eleitoral contra os vereadores que deixaram o partido para fortalecer o PSD.
Outra exigência do candidato acatada por Aparecido foi a costura de um "chapão" de vereadores com os demais partidos da aliança. O grupo de Alckmin não aceitava a participação do PSD na chapa proporcional.
Após ceder em todos esses pedidos, a insatisfação dos alckmistas atingiu seu ponto máximo com a escolha do vice de Serra na chapa: o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, indicado pelo prefeito Kassab.
A partir daí, a influência do prefeito na campanha tucana passou a ser considerada excessiva e reavivou a rivalidade entre serristas e alckmistas dentro do partido.
Outro fator que contribuiu para o esgaçamento das relações de Aparecido com os serristas foi o poder do marqueteiro Luiz Gonzalez na condução da campanha.
Houve discussão sobre como deveria ser o ato que marcou o início oficial da campanha. Aparecido defendia a realização de uma agenda externa partindo da praça da Sé, tradicional ponto de partida das campanhas tucanas.
Gonzalez defendia um evento fechado, com candidatos a vereador, militantes e a cúpula da campanha, para produzir material para a TV.
Gonzalez venceu. Após o último atrito, Aparecido viajou para Cingapura para participar de um evento sobre cidades e só retornou neste último fim de semana. Ele vai se reunir com Alckmin antes de dar uma resposta a Serra.
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