Genoino sobre a volta: “Cumpro a Constituição”

Ex-presidente petista lembra o passado de constituinte, no fim dos anos 1980, para justificar sua posse em 2 de janeiro, na Câmara dos Deputados: “Lutei pela Constituição e ajudei a fazê-la”, afirma. “Cassação de mandato pelo STF só vale após esgotamento de recursos”

Genoino sobre a volta: “Cumpro a Constituição”
Genoino sobre a volta: “Cumpro a Constituição” (Foto: Edição 247)


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247 - O deputado José Genoino (PT-SP) está otimista quanto à possibilidade de voltar à Câmara dos Deputados já na próxima semana. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, o ex-presidente do PT usa como argumento de defesa a Constituição de 1988, da qual foi um dos co-autores, como deputado constituinte na época. “Eu lutei pela Constituição [de 1988] e ajudei a fazê-la. Fui constituinte. Cumprirei a determinação constitucional a partir do comunicado oficial”, diz Genoino.

Ele vai ocupar a vaga do deputado federal Carlinhos Almeida (PT-SP), que toma posse em 1º de janeiro como prefeito de São José dos Campos, no interior paulista.

A citação da Constituição brasileira foi feita por Genoino em entrevista ao site Rede Brasil Atual. Confira abaixo a reportagem de Eduardo Maretti:

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São Paulo – O ex-presidente do PT José Genoino assumirá na próxima semana, provavelmente em 2 de janeiro, uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele é suplente do deputado federal Carlinhos Almeida (PT-SP), que no dia 1° toma posse como prefeito de São José dos Campos, no interior paulista.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, o julgamento do mensalão, a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, Genoino afirma que sua posse é amparada legal e constitucionalmente. “Eu lutei pela Constituição [de 1988] e ajudei a fazê-la. Fui constituinte. Cumprirei a determinação constitucional a partir do comunicado oficial”, disse à RBA. “Ao receber o comunicado da Mesa da Câmara, me apresentarei com os documentos para tomar posse, porque estarei cumprindo a Constituição e respeitando os poderes constituídos.” 

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Neste mês, o Supremo decidiu pela cassação dos mandatos dos deputados condenados, mas apenas depois que o caso transite em julgado, ou seja, depois que se esgotarem os recursos. A decisão, encabeçada pelo relator da Ação 470, ministro Joaquim Barbosa, abriu uma frente de atritos com o presidente da Câmara, Marco Maia, que entende que a Constituição dá apenas ao Legislativo o poder de cassação. 

Para Genoino, não há impedimento de nenhuma ordem para assumir a vaga. “A aplicabilidade da decisão do STF se dá com a sentença transitada em julgado. A decisão só vale depois disso”, lembra. Ele ressalta que seus advogados continuarão trabalhando nos recursos cabíveis nos autos da ação penal. 

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Afirma também não temer que sua decisão pareça uma provocação, nem legal, nem politicamente. “Não, porque para não assumir eu primeiro teria de renunciar à condição de suplente. E legalmente eu não posso fazer isso, porque eu sou o primeiro suplente. Eu assumir é uma determinação constitucional e legal, e respeitando os 92.200 votos dos eleitores que tive em 2010, mesmo em plena campanha que fizeram contra mim.”

O ex-presidente petista reafirma ainda o que já disse em outras oportunidades: “Respeitarei as decisões dos poderes, concordando ou mesmo discordando delas”.

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