Sarney defende veto a candidaturas de ex-presidentes
Presidente do Senado sugere que o Estado dê condições aos ex-presidentes de exercer funções políticas, mas sem mandatos eletivos; ele afirma que só voltou em razão da crise do governo Collor

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247 - Façam o que eu digo, não o que eu faço. Depois de ter deixado a presidência da República sob um mar de críticas em 1989 e voltado à política nacional um ano depois, como senador pelo Amapá, José Sarney defende que ex-presidentes sejam proibidos de concorrer a cargos eletivos. Leia, abaixo, trechos da entrevista que ele concedeu ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha:
Como seria institucionalmente correto o Brasil cuidar de seus ex-presidentes?
Acho que deveríamos ter uma legislação que não permitisse a nenhum ex-presidente da República, deixando o governo, que voltasse a qualquer cargo eletivo.
Deveria ser proibido?
Deveria ser proibido. Deveria-se dar ao ex-presidente as condições para ele exercer as funções do ex-presidente.
Quais são elas?
Pode ser um braço não governamental das negociações em que o governo não pode entrar diretamente, para ser um homem apaziguador. Essa é a função do ex-presidente, como ele exerce nos Estados Unidos. Mas tem que ter condições. O Estado deveria dar-lhe uma pensão de sobrevivência, assegurar escritório, viagens, segurança permanente. Porque um ex-presidente deixa no governo inimigos, deixa pessoas no mundo dessa natureza.
Mas por que, então, o sr. como ex-presidente voltou para a vida eleitoral?
Eu não pensava em voltar à política. Mas houve o problema do [Fernando] Collor. Todas as forças políticas que tinham ficado contra mim foram me pedir que eu voltasse. Achavam importante minha presença dentro do Congresso. Aceitei voltar para prestar um serviço ao país naquele momento.
O sr. não aconselharia o seu agora aliado Lula a disputar um cargo em 2014?
São decisões pessoais que cada um tem que tomar.
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