Argentina determina que Vale não demita 6 mil
"Não poderá haver nenhuma demissão", disse o ministro do Trabalho argentino, Carlos Tomada, a jornalistas, acrescentando que a conciliação compulsória se aplica tanto para os trabalhadores contratados pela Vale como por terceiros; o projeto bilionário de potássio Rio Colorado foi suspenso pela empresa no início da semana

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BUENOS AIRES, 15 Mar (Reuters) - O governo argentino informou nesta sexta-feira que ordenou que a mineradora brasileira Vale mantenha os 6,5 mil funcionários que executavam o projeto bilionário de potássio Rio Colorado, suspenso pela empresa no início da semana.
"Não poderá haver nenhuma demissão", disse o ministro do Trabalho argentino, Carlos Tomada, a jornalistas, acrescentando que a conciliação compulsória se aplica tanto para os trabalhadores contratados pela Vale como por terceiros.
"No caso de as companhias não respeitarem, multas significativas serão aplicadas", acrescentou Tomada.
A medida evita dispensas até 11 de abril e a ordem de conciliação compulsória poderá ser ampliada posteriormente.
Procurada, a Vale informou que não tinha comentários a fazer imediatamente.
Na quarta-feira, o governo argentino ameaçou revogar a concessão da Vale no projeto de potássio Rio Colorado, após a paralisação do empreendimento anunciada pela mineradora brasileira nesta semana.
O projeto Rio Colorado é orçado em cerca de 6 bilhões de dólares, sendo que cerca 2,2 bilhões de dólares já foram investidos pela Vale.
A segunda maior mineradora do mundo disse ter completado 45 por cento do projeto de Rio Colorado, que inclui, além da mina, 800 quilômetros de ferrovia e um terminal no porto de Bahía Blanca, ao sul de Buenos Aires.
Em dezembro, pouco antes de colocar os funcionários na Argentina em licença remunerada e suspender as obras, a Vale disse que estava buscando um parceiro para comprar parte do projeto e ajudar a arcar com os custos, num momento em que a mineradora tenta concentrar investimentos no seu negócio principal, de minério de ferro.
(Reportagem de Guido Nejamkis; com reportagem adicional de Jeb Blount)
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