Serra critica o PSDB do 'quanto pior, melhor'
"É possível fazer oposição sem causar danos de maneira permanente ao País só para enfraquecer o governo", disse o senador José Serra (PSDB-SP), ao participar de um evento em Porto Alegre; foi uma crítica indireta ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, no comando do ninho tucano, defendeu que o PSDB votasse contra o fator previdenciário e também apoiou outras pautas-bomba do Congresso, na esperança de que a crise econômica levasse a um impeachment; "Eu sempre defendi, desde o início, que o PSDB não votasse na linha do 'quanto pior melhor'. Isso não tem a ver com o governo. Tem a ver com o Brasil, a médio e longo prazo", disse ainda Serra; na semana passada, Aécio começou a dar novo rumo, mais responsável, ao PSDB

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RS 247 – A guinada recente do PSDB, que desde a semana passada passou a anunciar apoios pontuais a projetos do ajuste fiscal, foi fruto da pressão não apenas de setores da elite, mas também da insatisfação interna com os rumos do partido, sob a gestão do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Foi o que ficou claro ontem numa palestra do senador José Serra (PSDB-SP), em Porto Alegre. "Eu sempre defendi, desde o início, que o PSDB não votasse na linha do 'quanto pior melhor' no que se refere a projetos-bomba. Isso não tem a ver com o governo. Tem a ver com o Brasil, a médio e longo prazo", disse ele.
Foi uma crítica indireta a Aécio que, no comando do partido, votou contra o fator previdenciário (uma criação do PSDB) e também lavou as mãos em relação às pautas-bomba do Congresso, como o aumento dos servidores do Poder Judiciário. Aécio apostou no 'quanto pior, melhor' acreditando que o enfraquecimento da economia levaria a um cenário de impeachment e eleições antecipadas – o que o favoreceria, mas hoje parece cada vez mais distante.
"É possível fazer oposição sem causar danos de maneira permanente ao País só para enfraquecer o governo", disse ainda Serra, em Porto Alegre. O senador paulista também defendeu o documento "Uma ponte para o futuro", apresentado pelo PMDB. "O documento em linhas gerais é bom. Você pode divergir ou concordar em diferentes pontos, mas é bom", afirmou.
Serra mantém bom diálogo com o vice-presidente Michel Temer e especula-se que ele gostaria de ser ministro da Fazenda num eventual governo de transição, podendo até trocar o PSDB pelo PMDB.
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