Alckmin abre as portas do Estado para a Universal
Com Rogério Hamam, o PRB, comandado por um bispo da igreja, ficará responsável pelo programa de reabilitação de dependentes químicos e pelo "Bolsa Crack", uma das principais vitrines do tucano; com a adesão, Celso Russomanno disse que não disputará o governo de São Paulo e sairá candidato à Câmara
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247 – Em troca de apoio para sua reeleição e da desistência de Celso Russomanno pelo governo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) abriu as portas do Estado para a Igreja Universal do Reino de Deus. O governo nomeou ontem Rogério Hamam (PRB) para a pasta da Secretaria de Desenvolvimento Social. O partido, comandado por um bispo da igreja, ficará responsável pelo programa de reabilitação de dependentes químicos, uma das principais vitrines de Alckmin.
Hamam comandará o programa Recomeço, ou o chamado “Bolsa Crack”, que prevê o pagamento mensal de R$ 1.350 a três mil famílias de viciados em drogas para custear o tratamento em clínicas privadas. "Esse não é um tema estranho ao PRB", reconheceu o secretário.
O projeto, lançado no começo do mês, foi questionado pelo presidente do PRB, bispo Marcos Pereira, antes de o partido assumir a secretaria. Em texto publicado há treze dias em seu blog, Pereira disse que o programa pode ser manipulado por interesses políticos. "Os especialistas garantem que a proposta é obscura e pode fomentar um mercado de tratamento da dependência química, além de servir a interesses políticos", escreveu.
Após a nomeação, o partido mudou o discurso. O vereador da capital Jean Madeira (PRB), pastor eleito com apoio da Universal, levou jovens para promover o projeto "Juventude Contra o Crack", apoiado pela igreja e que pode receber recursos do programa estadual.
Por trás da posse, Alckmin visa seu projeto de reeleição em 2014, para evitar uma aliança do partido com o PT. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia orientado seu partido a buscar aliança com siglas próximas aos tucanos, como PTB e PRB.
Com a adesão ao governo tucano, Russomanno disse que não disputará o governo de São Paulo e sairá candidato à Câmara, para puxar votos para o partido e tentar triplicar a bancada federal do PRB.
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