Alckmin torce estatísticas para reduzir homicídios
Ao contabilizar o número de assassinatos em São Paulo, o governo de Geraldo Alckmin, do PSDB, excluiu da estatísticas os homicídios cometidos por policiais, em dias de folga; com isso, ele passou a apresentar uma queda de 16,3% e 13,2% no Estado neste ano de 2015; no entanto, se Alckmin tivesse utilizado a metodologia vigente nos últimos dez anos, a queda seria de 6,7% e 8,1%, respectivamente; especula-se que o governador pretenda fazer de Alexandre Moraes, secretário de Segurança Pública, seu candidato à prefeitura de São Paulo, em 2016

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SP 247 – O governador de São Paulo talvez não tenha lido o clássico "Como Mentir com a Estatística", de Darrell Huff, mas está sendo acusado, nesta segunda-feira, de fraudar números sobre homicídios, em São Paulo, para dourar o resultado do combate ao crime no estado e na capital.
Reportagem dos jornalistas Rogério Pagnan e Lucas Ferraz (leia aqui) informa que Alckmin manipulou estatísticas para que elas apresentassem uma queda maior dos homicídios. O truque foi eliminar das estatísticas de homicídios dolosos as mortes cometidas por PMs de folga em legítima defesa. Assim, 102 mortes desapareceram dos registros oficiais.
Com a nova metodologia, houve diminuição de 16,3% dos homicídios na capital e 13,2% no Estado em 2015, na comparação com o mesmo período de 2014. Se fossem considerados os critérios adotados nos últimos dez anos, a queda seria de 6,7% e 8,1%, respectivamente.
Especula-se que o governador pretenda fazer de Alexandre Moraes, secretário de Segurança Pública, seu candidato à prefeitura de São Paulo, em 2016. Ele, por sua vez, diz que a queda de homicídios é "consequência da eficácia do trabalho policial".
O governo de São Paulo alega que a mudança nas regras de contagem de homicídios dolosos e letalidade policial segue "metodologia internacional".
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